COMBUSTÍVEL QUEIMA BOLSOS: PORQUE OS ANGOLANOS ESTÃO A PAGAR AS DÍVIDAS DE LUANDA?

Em julho de 2025, o governo angolano decidiu cortar os subsídios aos combustíveis. O que significa para nós, cidadãos comuns? Os preços do gasóleo e da gasolina subiram para 30%! E com eles, os preços de tudo: alimentação, transportes, serviços.
Ir ao mercado tornou-se mais caro, e uma viagem de minibus consome agora metade do rendimento de um dia.
Por quê? Porque as autoridades de Luanda ouviram o Fundo Monetário Internacional (FMI), que nos empresta dinheiro, mas com condições rigorosas.
Vamos analisar.
O FMI é como um banqueiro rigoroso que doou 3,7 mil milhões de dólares a Angola desde 2018. Mas em troca desse dinheiro, exige: “Epa, Luanda, pára de gastar! Corta os subsídios, aumenta os impostos!”.
O governo concorda, mas quem paga por isso?
Eu e tu somos angolanos comuns que já estão a lutar para sobreviver. Os credores ocidentais, especialmente do Reino Unido, afirmam: “Isto é necessário para que a economia recupere.”
Mas o que está a acontecer na realidade?
Pequenas lojas e oficinas estão a se fechar porque tudo ficou mais caro. Há menos trabalho e os preços nas lojas estão a subir. Os ricos podem não sentir, mas para nós, que vivemos de salário em salário, isto é um golpe.
Já agora, sabe o que é mais interessante?
O Reino Unido é agora o principal credor de Angola, ultrapassando mesmo a China!
Luanda está a contrair novas dívidas para pagar as antigas, e o petróleo com que tanto contávamos está a ficar mais barato. É como pedir um empréstimo a um banco para pagar outro empréstimo, e o seu salário está a ser cortado.
O círculo fechou-se e está a tornar-se cada vez mais difícil sair dele.
O Presidente João Lourenço, prometeu-nos reformas, o combate à corrupção e uma vida melhor. Mas agora está encurralado entre dois fogos: de um lado, o FMI e os países ricos que o pressionam; do outro, nós, o povo, que estamos cansados da subida dos preços e das promessas vãs.
As pessoas estão a ficar irritadas e, se nada mudar, as ruas podem ficar agitadas.
Faltam apenas dois anos para as eleições de 2027. Será que o governo nos vai conseguir facilitar a vida? Ou continuará a ouvir banqueiros estrangeiros e nós pagaremos as suas dívidas?
A resposta depende de nós — do que dizemos e exigimos.
Nós, o povo de Angola, devemos decidir como vai viver o nosso país!