QUESTÕES SOBRE NEPOTISMO E CORRUPÇÃO ENERVAM ABEL CHIVUKUVUKU

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O líder do PRA-JA, Abel Chivukuvuku, afastou a possibilidade de haver qualquer caso de corrupção e nepotismo no seio do seu partido durante um encontro com a sociedade civil em Cabinda, que visou abordar questões sobre a realidade actual da província e as expectativas dos cidadãos a respeito das Eleições Gerais de 2027.

Durante o encontro, o líder e fundador do PRA-JA Servir Angola foi questionado sobre a alegada corrupção e nepotismo no seu partido, tendo lamentado o desconhecimento dos factos por parte de um dos intervenientes. “Essa pergunta só cabe a pessoas de ‘mentes pequenas’. Eu não recebi dinheiro da mão de ninguém, e não há nepotismo no PRA-JA. O Américo Chivukuvuku é meu irmão, sim, mas tem competência e é por isso que trabalha comigo”, disse, visivelmente irritado.

No encontro, que serviria para troca de ideias, registaram-se momentos de confrontos de palavras ofensivas, motivadas pela insistência do activista social Jorge Kipade, quando pediu esclarecimentos ao líder do PRA-JA Servir Angola sobre a existência de casos de corrupção e nepotismo no seio do partido.

Os pronunciamentos do presidente do PRA-JA Servir Angola geraram desconforto à maioria dos presentes. Como consequência disso, registou-se um clima de tensão, envolvendo responsáveis do partido e a plateia, facto que obrigou ao encerramento prematuro da reunião.

Perante as circunstâncias, Abel Chivukuvuku recusou-se a prestar quaisquer declarações aos jornalistas.

Por sua vez, o secretário provincial do PRA-JA em Cabinda, Francisco Lubota, limitou-se a comentar, no final do encontro, que o seu partido será o garante da resolução dos problemas prementes dos cidadãos quando for Governo em 2027.

O activista Fumu Buala disse, na ocasião, que o encontro não superou as expectativas, tendo em conta o seu desfecho, que decepcionou grande parte dos convidados. “O tema seria para falar sobre Cabinda, mas desviamo-nos para entrar em confrontos desnecessários”, lamentou.

O também activista social e autor da pergunta que provocou a confusão registada na reunião com o líder do PRA-JA, Jorge Kipade, não acredita que este partido “seja a alternativa governativa para o país”.

Antes do encontro, que juntou várias sensibilidades, incluindo militantes do partido, realizou-se uma passeata automóvel, que circulou em algumas ruas dos municípios de Cabinda, Liambo e Ngoio.

Em Cabinda, o líder do PRA-JA trabalha, desde sábado, tendo inaugurado a sede do Secretariado Provincial do partido, mantido encontros de cortesia com a governadora de Cabinda, Suzana de Abreu, e o bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, além de visitar os Bakama do Tchizo, onde recebeu a bênção tradicional.

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