PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO AVALIA SITUAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO PAÍS COM A SOCIEDADE CIVIL

O Presidente da República, João Lourenço, recebeu, terça-feira, no Palácio da Cidade Alta, em audiências separadas, figuras ligadas à sociedade civil, com as quais abordou assuntos ligados à vida do país.
O secretário-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), reverendo Vladmiro Agostinho, uma das três entidades recebidas em audiência, disse ter aproveitado a ocasião para apresentar ao Chefe de Estado o Relatório de Monitoria Social e Avaliação Participativa da Pobreza, um documento que contém preocupações recolhidas pelo CICA junto das comunidades angolanas no interior do país.
“Em 2024, trabalhamos nas províncias da Huíla, Lunda-Norte e Lunda-Sul, onde, com muita incidência, vimos a problemática que seis municípios enfrentam, que tem que ver com a falta de registo de nascimento, a questão da saúde e do saneamento básico”, ressaltou Vladimiro Agostinho, informando que o CICA começou a trabalhar neste documento em 2011.
O secretário-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola fez saber que o Presidente da República acolheu o documento com muita satisfação. “Estamos esperançosos que nos próximos dias possamos ver mudanças”, vaticinou.
O reverendo Vladimiro Agostinho ressaltou que a audiência serviu, igualmente, para felicitar o Chefe de Estado pelas acções desenvolvidas em prol do continente africano, na sua qualidade de Presidente da União Africana.
Disse ter aproveitado, também, o momento para enaltecer o gesto do Chefe de Estado em relação ao reconhecimento, por altura do aniversário do CICA, de algumas figuras ligadas à Igreja que muito se bateram contra o regime colonial.
Vladimiro Agostinho revelou que o gesto, inserido no âmbito do Jubileu dos 50 anos da Independência Nacional, mereceu a reacção positiva da Igreja, sobretudo por ter abrangido o cidadão Sequeira João Lourenço, pai do Presidente da República.
“Foi alguém que muito trabalhou enquanto metodista na Missão da Chissamba, da Igreja Evangélica Congregacional em Angola. Deu o seu melhor para a cura de muitas vidas”, contou o secretário-geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola, acrescentando que Sequeira João Lourenço trabalhou, igualmente, como colaborador do Jornal Standard, um veículo que funcionava, na altura, como meio de informação dos protestantes em Angola.
LÍDER DA IGREJA TEOSÓFICA PEDE MAIOR ATENÇÃO AOS JOVENS
Por seu lado, a líder espiritual da Igreja Teosófica Espírita, profetiza Suzete João, outra entidade recebida pelo Chefe de Estado, referiu que a audiência permitiu apresentar ao Presidente da República as principais preocu- pações que ainda apoquentam os jovens, tais como habitação, emprego, transportes públicos e apoio aos pequenos negócios.
“No caso dos transportes, nós sabemos que existem muitos autocarros, mas a maioria está variada, situação que força crianças, grávidas e idosos a percorrerem, às vezes, longas distâncias a pé para regressarem a casa”, frisou.
No que toca à habitação, Suzete João disse ter falado com o Chefe de Estado sobre os preços praticados para os lotes de terrenos para a auto-construção dirigida, que estão muito longe das possibilidades dos jovens.
“Falamos muito sobre a vida dos jovens e as suas reais necessidades”, precisou a líder religiosa. Outro tema que mereceu destaque na audiência que o Presidente concedeu à líder da Igreja Teosófica Espírita foi a questão dos preços praticados para as habitações. Sobre este particular, Suzete João disse ter solicitado ao Chefe de Estado que se construíssem casas sociais com preços baixos, de modo a facilitar a vida daqueles jovens sem muitos recursos financeiros.
MAIOR DO VULGAÇÃO DAS OBRAS DO GOVERNO
Outra figura recebida, ontem, no Palácio Presidencial, foi o rei António Charles, também conhecido como Mwana Uta, da província do Uíge.
O líder tradicional contou que aproveitou a audiência para apresentar ao Presidente da República as dificuldades com as quais o povo e as autoridades tradicionais da província enfrentam.
Mwana Uta disse que o encontro serviu para encorajar o Presidente João Lourenço a prosseguir com as acções viradas para o bem-estar do povo angolano, tendo mesmo defendido mais divulgação das acções do Governo com este fim.”Tudo o que o Governo tem feito tem que ser divulgado para que as pessoas saibam o que está a ser feito”, acentuou.