NA HUILA: GOVERNADOR NONU MAHAPI DEFENDE MELHORIA DO SANEAMENTO BÁSICO

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O governador da Huíla orientou, domingo, os administradores municipais a redobrar as acções de limpeza e saneamento a nível das circunscrições para prevenir, combater e reduzir as mortes por cólera.

Nuno Mahapi Dala reconheceu, durante a 2.ª Reunião Extraordinária do Governo Provincial da Huíla, haver falta de infra-estrutura, de saneamento básico, bem como a escassez de recursos financeiros para reforçar o combate ao surto. “Mas temos boa vontade e esforço colectivo para vencer a doença”, disse, além de enaltecer o empenho dos administradores municipais. “Não podemos continuar a perder vidas humanas devido à cólera”.

Na ocasião, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Paulo Luvangamu, adiantou que a região regista, desde o início da epidemia, 398 casos e 17 óbitos, dez dos quais extra-hospitalares. Entre os municípios mais afectados, referiu, constam o Lubango, Caluquembe e Quilengues.

De acordo com o responsável, é preciso haver maior investimento no saneamento e distribuição de água potável. “O facto do município do Lubango não registar, nos últimos dias, nenhum novo caso positivo de cólera demonstra que o trabalho em relação ao saneamento a nível do mercado e bairro Mutundo está a surtir resultados positivos. A ideia é expandir este modus operandi para os restantes municípios”, disse.

Paulo Luvangamu defendeu, ainda, a intensificação da mobilização porta-a-porta das comunidades para que se evitem mais mortes extra-hospitalares. “É fundamental que se melhore todos os dias o nível de saneamento. Todos somos parte da solução na melhoria do ambiente e saneamento das comunidades”, sublinhou.

Em relação às medidas preventivas, acrescentou, foi aumentado o número de camas no Centro de Tratamento de Cólera (CTC) de Caluquembe, bem como instalados pontos de reidratação oral, de forma a aumentar a capacidade de assistência à população.

Um dos constrangimentos na actuação da equipa de prevenção epidemiológica em Caluquembe, disse, tem sido alguns aspectos culturais que atrapalham na luta contra a cólera. “Alguns cidadãos ignoram certas recomendações, situação que tem levado ao aumento dos níveis de contaminação comunitária”, destacou.

Actualmente, referiu, a província registou 17 óbitos, dos quais 3 intra-hospitalares e 14 extra-hospitalares. “Os casos de óbitos extra-hospitalares não estão acontecendo nas ambulâncias, mas nas comunidades. Por isso, é importante reforçar a mobilização, por meio das comissões de moradores”, disse.

Informação diária

O Ministério da Saúde comunica que nas últimas 24 horas, foram notificados ao Centro de Processamento de Dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Direcção Nacional de Saúde Pública, 198 casos de cólera, sendo 87 na província do Namibe (Tômbwa 68, Moçâmedes 9, Lucira 7 e Sacomar 3), 57 na província do Cuanza Sul (Gabela 12, Seles 10, Sumbe 9, Condé 7, Porto Amboim 6, Gangula 4, Boa Entrada 4, Conda 4 e Ebo 1), 21 na província da Huíla (Quipungo 10, Caluquembe 3, Lubango 3, Chicomba 3, Gambos 1 e Chituto 1), 7 na província de Icolo e Bengo (Calumbo 5, Bom Jesus 1 e Sequele 1), 7 na província do Zaire (N’zeto 5 e M’Banza Kongo 2), 7 na província de Luanda (Cazenga 2, Mulenvos 2, Kilamba 1, Hoji Ya Henda 1 e Talatona 1), 5 na província do Cuanza Norte (Cazengo 3 e Ngonguembo 2), 4 na província do Bengo (Dande 3 e Úcua 1), 2 na província de Cabinda (Cabinda 2) e 1 na província de Benguela (Benguela 1).

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