MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS TRAZ PARA ANGOLA INVESTIDORES DA UN-HABITAT PARA CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES

Os projectos nacionais de ordenamento do território e do urbanismo vão contar com o apoio institucional da UN-Habitat, Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, revelou, quarta-feira, em Nairobi, Quénia, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos.
Em declarações à im-prensa, após uma reunião com a directora executiva da UN-Habitat e subsecretária-geral das Nações Unidas, Anacláudia Rossbach, o ministro angolano esclareceu que o apoio será exercido, particularmente, no reforço da capacidade institucional e em acções concretas com programas e projectos que concorrem para o sucesso da Política Nacional de Ordenamento do Território e do Urbanismo em Angola.
“Foi um encontro muito bom, com Sua Excelência secretária executiva do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos”, salientou Carlos Alberto dos Santos, sublinhando que durante a reunião, foi possível fazer um balanço positivo de Angola na implementação do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, em que a autoconstrução dirigida é vista como um elemento central para a redução do défice.
“Num outro aspecto, na responsabilidade que Angola tem, hoje, na Presidência da União Africana, foi, também, abordado o aspecto do domínio das infra-estruturas em que houve, por parte da UN-Habitat, a possibilidade de um trabalho conjunto, para conseguirmos, também, levar a bom porto as nossas acções”, acrescentou o ministro.
Carlos Alberto dos Santos realçou, ainda, como aspecto importante, a reabertura dos Escritórios do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos em Angola, enfatizando se tratar de um aspecto que está próximo do fim, explicando que o trabalho decorre com as equipas técnicas.
“Esperamos, nos próximos tempos, ter já matéria para darmos os passos seguintes internamente, que nos levarão, brevemente, a abrir os Escritórios das Nações Unidas, ligados mais à parte dos assentamentos humanos, com todas as vantagens que isso irá trazer para o nosso país, não só em termos de uma assistência técnica, que vai durar por muitos anos, mas, acima de tudo, vamos ganhar com financiamentos estruturados para os nossos programas de habitação, do ordenamento do território e do urbanismo também”, referiu o ministro, que exaltou o facto de a subsecretária-geral das Nações Unidas acompanhar “muito bem” os trabalhos que o Executivo angolano desenvolve no sector.
Nações Unidas elogia planeamento urbano
Para a directora executiva do UN-Habitat e subsecretária-geral das Nações Unidas, Anacláudia Rossbach, os programas e projectos desenvolvidos por Angola são sustentáveis do ponto de vista ambiental, vão gerar oportunidades em termos de desenvolvimento económico e contribuições para a economia do país.
“Em 2025, vamos ter quase 70 por cento da população mundial vivendo em cidades e, neste contexto, é fundamental reconhecer os esforços de Angola em construir um arcabouço legal de políticas públicas, de planeamento urbano e várias iniciativas e programas habitacionais”, disse.
A responsável da UN-Habitat sustenta o seu optimismo com o facto de acreditar que Angola apresenta uma “experiência sólida na construção de habitações sociais”, tendo acentuado que a actual trajectória combina com os novos esforços de construir habitações muito bem localizadas e inclusivas.