O Conselho Nacional de Juventude (CNJ), apresenta os resultados do seu segundo Fórum de Debates da Juventude, focado no tema “O Processo de Electrificação Nacional e o Seu Impacto nas Micros e Macros Indústrias”. 

LUISA MUDILO

O evento, foi realizado no auditório “Maria do Carmo Medina da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto” e contou com a participação de mais de 200 jovens  estudantes da especialidade e líderes de organizações juvenis, o acto foi enriquecido pela presença e aula magna do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, e pelas palestras José Severino Presidente da Associação das Indústrias de Angola e Ezequiel Domingos, Director da ENDE.

O fórum gerou um debate vibrante e produtivo, centrado em três eixos principais:

Desafios do Acesso à Electricidade: Os participantes identificaram a falta de acesso equitativo à energia eléctrica como um obstáculo significativo para o desenvolvimento das micro e macro indústrias, que especialmente em zonas rurais.  A intermitência do fornecimento de energia e os custos elevados foram apontados como fatores cruciais que impactam a produtividade e a competitividade das empresas.

Impacto Económico e Preços: A discussão evidenciou a forte correlação entre o acesso à energia e os preços dos produtos.  A dependência de geradores, por exemplo, aumenta significativamente os custos de produção, afectando a lucratividade das empresas e o preço final para o consumidor.

Soluções e Recomendações: O fórum propôs diversas recomendações, incluindo a necessidade de investimentos em infraestruturas de energia, a promoção de energias renováveis, a simplificação dos processos de licenciamento para projectos de energia e a capacitação de profissionais para o sector.  A importância de parcerias público-privadas e de um diálogo mais próximo entre o Governo e o sector privado também foi fortemente ressaltada.

Destaque: A participação do Ministro João Baptista Borges foi particularmente elogiada pelos jovens participantes.  A sua interação directa e a abertura ao diálogo criaram um ambiente estimulante e contribuíram para a construção de um espaço de troca de ideias e propostas concretas.  A sua postura demonstra um compromisso com a participação activa da juventude no desenvolvimento do país e na definição das políticas energéticas.

O CNJ se compromete a utilizar as conclusões deste fórum para informar as políticas públicas e promover acções que contribuam para um processo de electrificação nacional mais justo, eficiente e sustentável, beneficiando todas as indústrias angolanas.  Um relatório completo com as principais conclusões e recomendações será divulgado em breve.