CASO GINGA SAVIMBI: MÁRIO ARAGÃO CRITICA UNITA E AFIRMA QUE PARTIDO PRATICA “ESCRAVIDÃO E DITADURA” DENTRO DAS SUAS FILEIRAS

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O político Mário Aragão fez duras críticas à UNITA, durante o debate de segunda-feira, 12 de Maio, na TV Hora H, e chegou a afirmar que o partido ainda mantém práticas de “escravidão” dentro das suas fileiras. Aragão justificou a afirmação ao comentar a saída de Ginga Savimbi, filha do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi, que decidiu deixar o partido e se filiar a outra força política.

ANNA COSTA

Durante o debate, Mário Aragão abordou as recentes saídas de figuras de destaque da UNITA, criticando a liderança do partido e apontando possíveis consequências para o futuro da legenda.

Aragão começou por destacar a saída de Ginga Savimbi alegando que Ginga agiu em conformidade com as suas próprias reivindicações, ao perceber que a UNITA ainda mantém práticas de escravidão e afirmou que no maior partido na oposição, Ginga visava buscar uma posição que lhe oferecesse mais vantagens políticas, o que acabou por desmoronar após a eleição de Irina Diniz para o cargo de secretária-provincial adjunta da UNITA em Luanda.

“A UNITA continua a escravizar seus militantes… A Ginga vai arrastar um bom grosso da UNITA, muitos jovem que seguem ela na Unita serão arrastados para onde a Ginga for “, disse

O político também mencionou a saída de Daniel Pereira, ex-assessor da do Grupo Parlamentar da UNITA, que se uniu ao Partido Liberal. Segundo ele, Daniel será o primeiro vice-presidente daquele partido e a sua decisão de deixar a UNITA é mais um indicativo de que a força política está a perder quadros importantes.

“A UNITA vai perdendo quadros de realce”, afirmou, destacando que a perda de figuras proeminentes como Ginga e Daniel pode ter um grande impacto sobre a imagem e a estrutura do partido.

O político também alertou que que outros membros de destaque, como Domingos Palanga, seu colega de painel, podem seguir o mesmo caminho, o deputado da bancada parlamentar da UNITA, percebe que “o partido não é sério”.

“Eu sei que o Palanga, a sua maturidade política, não lhe permite dizer isso em televisão, mas eu tenho noção de que Dr. Palanga vai sair da UNITA em breve. Se quiser ir para o MPLA, nós estamos abertos, podemos lhe acolher. Se quiser ir num outro partido também poderão lhe acolher”, lançou Mário Aragão.

Além disso, Aragão também levantou preocupações sobre o futuro da UNITA, citando o caso de Cachiungo, que no seu entender vai trazer sérios problemas ao partido, justificando um alegado confrontado “infindável” pela liderança de Adalberto Costa Júnior.

“Portanto estamos aqui a ver que afinal a liderança da UNITA é mais uma liderança de ditadura e dou razão a Ginga, a Daniel Pereira por saírem daquele partido, e o mesmo partido, UNITA, vai estar dividido ainda este ano, apontem o que estou a dizer”.

Por fim, Mário Aragão revelou que fontes indicam que um jovem militante “muito bem aceito dentro da UNITA” estará a concorrer à presidência do partido contra Adalberto Costa Júnior.

“As minhas fontes dizem que este jovem é muito proeminente e aceito no seio do partido” disse e acrescentou que com as saídas e a “ crescente divisão interna”, a UNITA dificilmente será capaz de vencer as próximas eleições.

O debate cujo tema estava voltado as alegações do secretário-geral da UNITA, ao afirmar que a saída da filha do líder fundador do partido é precipitada, reflectiu uma crítica dura à actual liderança da UNITA e suas perspectivas para o futuro político em Angola.

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