NA HUÍLA: GOVERNADOR NUNO MAHAPI PREOCUPADO COM O AUMENTO DE CASOS DE CÓLERA

O governador da província da Huíla, Nuno Mahapi Dala, mostrou-se, quinta-feira, preocupado com o aumento vertiginoso do surto de cólera na região, que já conta com 138 casos positivos e três óbitos extra-hospitalares.
Em função da situação, o governante, nas vestes de coordenador da Comissão Provincial de Luta contra a Cólera, convocou uma reunião técnica de emergência para alinhar estratégias com todos os actores sociais locais, com vista a mitigar a propagação do surto.
Das recomendações saídas do encontro, destacam-se a implementação de três reservatórios de água de 10 mil litros, cada, no bairro Mutundo, epicentro da doença a nível da cidade do Lubango, além da instalação de 50 pontos de reidratação oral nas farmácias, escolas públicas e privadas existentes naquela zona, já em curso.
O Governo provincial prevê a instalação de 800 pontos de reidratação oral a nível da província da Huíla, permitindo, deste modo, que a população tenha acesso gratuito ao soro caseiro para eventuais pacientes com sintomas como diarreia e vômitos, antes de serem transportados para a unidade sanitária mais próxima.
A acção visa, ainda, fortalecer o processo de mobilização da população, através da implementação de um plano de formação dos fazedores de medicina natural, prevista para os próximos dias, para que os pacientes com cólera sejam transferidos de imediato para os hospitais, evitando mais mortes pela patologia.
Na ocasião, o director do Gabinete Provincial da Saúde na Huíla, Paulo Luvangamo, informou que nas últimas 24 horas foram registados 15 novos casos de cólera, o maior número registado na região até ao momento, sendo 13 no município do Lubango, com um óbito, e duas ocorrências em Quilengues.
Segundo o responsável, 29 pacientes recebem assistência médica e medicamentosa no Centro de Tratamento da Cólera da Eiwa e dois em Quilengues. A nível da região, acrescentou, foram registadas cinco altas médicas, entre elas três no município da Humpata e duas no Lubango.
“Apesar do trabalho de sensibilização feito pelas autoridades locais e pelos órgãos de Comunicação Social, tivemos o registo de três óbitos extra-hospitalares, porque a população não tem alertado atempadamente as autoridades sanitárias em caso de suspeitas de cólera, situação que nos preocupa, porque aumentam as possibilidades de morte pela doença”, disse.