UNITA CONSIDERA PRECIPITADA SAÍDA DE GINGA SAVIMBI

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Álvaro Chikwamanga Daniel compara a UNITA a um comboio em ‘velocidade de cruzeiro’, cujos passageiros que não acompanham a marcha perdem o percurso. Político considera precipitada saída de Ginga Savimbi.

O secretário-geral da UNITA, Álvaro Chikwamanga Daniel, considera precipitada a saída da militante Ginga Savimbi, filha do líder fundador do partido.

O político, que minimizou a saída de Ginga Savimbi, comparou a UNITA a um comboio que partiu em 1966, que traz nas suas carruagens muita gente e algumas vezes leva “altas velocidades e noutras marchas prudentes”.

De acordo com o mesmo, os militantes de proa da UNITA são aqueles que sabem para onde vão, mas que, apesar da turbulência, se mantêm no comboio.

“A UNITA prima pelo diálogo e respeito mútuo. Todos os militantes têm direitos iguais, quem desce pelo caminho, o comboio prossegue a sua viagem”, diz.

O secretário-geral que comparou a política a uma competição futebolística desdramatizou informações segundo as quais há duas alas no partido.

Relembrou que o partido tem uma direcção democraticamente eleita no XIII Congresso Ordinário, esclarecendo que as lutas internas “são saudáveis” e conferem vitalidade à organização.

“O mais importante é que não são utas antagónicas, para não dar vantagem ao nosso adversário de pretender dividir para melhor reinar”, notou, para mais adiante garantir que aquela formação política tem sabido proteger-se dos seus detractores com muita maturidade.

Assegurou mais adiante que a única preocupação da UNITA, de momento, é fortalecer os órgãos e prepará-los para os desafios do seu tempo e do futuro.

“Reitero, os que desembarcam não atrapalham a viagem. Vamos continuar firmes e com os mesmos ideais”, voltou a minimizar a renúncia de Ginga Savimbi.

PERSEGUIÇÃO E TRIBALISMO

A militante demissionária alegou à imprensa que era vítima de perseguição, tribalismo e falta de reconhecimento, por considerar que se dá primazia a figuras sem qualquer identificação com a UNITA em detrimento dos verdadeiros militantes.

Ginga Savimbi renunciou à militância no maior partido na oposição por alegadas “injúrias” contra os filhos do líder fundador da UNITA”.

“Este ainda vamos precisar dele por causa disso. Acomodam esse tipo de pessoas, e os verdadeiros militantes ficam de parte”, acusou Ginga Savimbi, citada pela DW África.

A UNITA foi fundada em 1966 por dissidentes da FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e do Governo de Resistência de Angola no Exílio (GRAE).

Após a morte em combate do líder fundador, Jonas Savimbi, o partido foi liderado por Isaías Samakuva e tem, actualmente, como presidente Adalberto Costa Júnior. nj

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