O Tribunal de Comarca do Uíge vai retomar nesta quarta-feira, 13, o julgamento dos 13 funcionários da TPA do Uíge, acusados de crimes de calúnia e difamação por intermedio de uma carta que estes haviam dirigido ao Conselho de Administração da Televisão Pública de Angola.

NDOMBI ZADIMENGA

Segundo a carta que o Jornal Hora H teve acesso hoje, os profissionais voltaram a ser notificados pela segunda vez para uma segunda audiência.

De recordar que os profissionais visados na referida carta, os trabalhos na referida instituição (TPA), ficarão suspensos devido ao envolvimento destes profissionais ao julgamento em que são acusados.

“Se trata de 80% dos profissionais envolvidos no julgamento entre eles o secretário provincial do sindicato dos jornalistas do Uíge” disse uma fonte daquela instituição.

CAUSAS DO JULGAMENTO:

No ano passado, antes da exoneração da Ex-Diretora Rita Solange, os jornalistas decidiram escrever ao Conselho de Administração da TPA, sobre os supostos maus tratos de que eram alvos, onde na maioria das vezes a Ex-diretora é citada como sendo arrogante, chamando os profissionais de giz ao invés de quadros, tendo na ocasião escrito ao administrador de conteúdos Neto Júnior, a pedir um novo profissional do Bengo para lhe coadjuvar.

A par disso, os profissionais reclamaram na carta, a forma de distribuição de casas que o governo ofereceu a TPA sendo a diretora ter distribuído as casas e entregue a pessoas a quem considerava serem da sua confiança, diz o documento tornado publico depois de ser enviado ao PCA da Televisão Pública de Angola.

Alegaram também os profissionais de que a ex-diretora, maltratava os profissionais com palavras grosseiras e intimidatórias por ela ter membros da família que são grandes no governo como é o caso de uma tia que trabalha ou trabalhava com o presidente da república a par da Joana Tomás secretária-geral da OMA que sua irmã, e a antiga vice-presidente do MPLA Luísa Damião.

Nos dias subsequentes ao julgamento Rita Solange afirmou que estava tudo feito com os Tribunais de Luanda entre juízes do tribunal supremo advogados grandes para que lá ganhe o caso a fim de ser indemnizada pelos profissionais por causa da suposta calunia e difamação.

Na sequência da carta enviada para o conselho de administração da TPA, o conselho de administração foi sábio e célere em exonerar a jornalista Rita Solange o que criou um bom clima ao centro de produção onde foi enviado um profissional que reuniu o consenso do conselho de administração.

Na ocasião dos factos, o Jornal Hora H, ligou várias vezes a Directora Rita Solange, para ouvi-lo em contraditório mas a mesma preferiu o silencio.