FINALISTAS DO CURSO DE ENFERMAGEM DENUNCIAM CORRUPÇÃO E MÁ FÉ DA DIRECÇÃO DO INSTITUTO TECNICO PRIVADO

Os finalistas do ano lectivo 2023/2024 do curso de Enfermagem, do Instituto Técnico Privado “Alvorecer com Conhecimento”, manifestaram preocupação pela não obtenção da carteira profissional, documento exigido para o exercício legal da profissão, alegadamente por a escola violar os procedimentos legais para o efeito, corrupção e má fé.
ANNA COSTA
Segundo os estudantes, os impasses começaram a surgir quando a direcção do instituto encaminhou à Ordem dos Enfermeiros uma lista que continha nomes de supostos finalistas que, na verdade, não pertencem à escola em referência. A intenção, segundo eles, seria beneficiar terceiros com a emissão indevida da carteira profissional.
“Por conta das irregularidades cometidas pela escola, nós os finalistas estamos penalizados de adiquirir as nossas carteiras. Tencionávamos participar do concurso público da saúde, graças a Deus não se realizou, senão, ficaríamos de fora por conta de más práticas da instituição que enviavam nomes de estudantes que não faziam parte a nossa instituição para adiquirem carteita”, disse um dos finalistas.
Os finalistas revelam ainda que o director do instituto tentou corrompê-los, sugerindo que alguns tratassem o documento de forma clandestina, em troca de encerrarem as reivindicações. No entanto, os estudantes afirmam que a luta é colectiva e não podem ser injustos com os colegas que também aguardam o direito à legalização profissional.
“A direcção me chamou em particular e me disse que se eu já tivesse o dinheiro me encaminhariam para ir tratar a carteira de forma particular, mas eu não aceitei porque sei que eu teria tratado mas os meus colegas que estão na mesma luta que eu não, então nós queremos que eles resolvam a situação com a Ordem dos Enfermeiros de modo a tratarmos livremente as nossas carteiras, mas ele não estão a fazer nada disso”.
Indignados com a situação, apelam ao promotor da instituição para que regularize o processo e permita que todos os finalistas tenham acesso à sua carteira profissional.
Em respeito ao princípio do contraditório, o Jornal Hora H ouviu o promotor da instituição, Costa Caculo, que reconheceu as irregularidades cometidas. Ele informou que a escola foi responsabilizada com o pagamento de uma multa superior a 300 mil kwanzas. Ainda assim, garantiu que os estudantes podem recorrer directamente à Ordem dos Enfermeiros para dar seguimento ao processo de emissão das carteiras profissionais.