POPULAÇÃO DO UÍGE CONVOCA MANIFESTAÇÃO PARA EXIGIR EXONERAÇÃO DO GOVERNADOR JOSÉ CARVALHO DA ROCHA

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A população da província do Uíge convocou uma manifestação para o próximo dia 19 de Abril, com o objectivo de exigir a exoneração imediata do Governador Provincial, José Carvalho da Rocha. A mobilização popular, que tem ganhado força nos últimos dias, surge como um grito colectivo diante do “ descontentamento generalizado” com a governação do ex-ministro das TIC de Angola.

ANNA COSTA

De acordo com os organizadores do protesto, a gestão do actual governador tem sido marcada por omissão, falta de diálogo com a sociedade civil e uma crescente divisão política dentro da província. Entre as principais críticas, destacam-se os seguintes pontos:

•            Inércia e ausência de acções concretas por parte do governador;

•            Divisão política e enfraquecimento da coesão social na província;

•            Excessos nos orçamentos de projectos públicos, sem resultados visíveis;

•            Degradação das condições de saneamento básico em todos os municípios do Uíge;

•            Falta de diálogo com a população e com os representantes da sociedade civil;

•            Ausência de oportunidades para a juventude local;

•            Nomeações de pessoas consideradas incompetentes, mas alinhadas aos interesses do governador;

•            Políticas públicas desproporcionais que, segundo os manifestantes, têm prejudicado a maioria da população;

•            Retrocesso no desenvolvimento da província em comparação com outras regiões do país.

“Convocamos toda a sociedade uigense, dos intelectuais aos iletrados, dos pobres aos médios. Esta manifestação é o grito do povo, o verdadeiro soberano”, afirmam os líderes do movimento em nota enviada à Redacção do Jornal Hora H.

Os organizadores sublinham ainda que, mesmo com a continuidade de alguns planos anteriores, a actual liderança pouco contribuiu com acções eficazes para promover o crescimento sustentável da província.

A manifestação deverá acontecer de forma pacífica, e os promotores pedem que todos os participantes sigam as orientações de segurança e respeito à ordem pública.

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