GREVE A VISTA NA MOTA-ENGIL: COMISSÃO SINDICAL REALIZA ASSEMBLEIA GERAL E ANUNCIA PARALISAÇÃO

A Comissão Sindical dos Trabalhadores da Mota-Engil, empresa do sector da construção civil e obras públicas, realizou neste sábado, 15, uma Assembleia Geral de Trabalhadores com o objectivo de esclarecer os avanços nas negociações dos 39 pontos do caderno reivindicativo e anunciar a paralisação das actividades, que terá início na segunda-feira, 24, deste mês.
ANNA COSTA
Dos 39 pontos apresentados, apenas 16 foram aprovados. Miguel Mateus, secretário da Comissão Sindical, afirmou que a situação actual se deve à falta de empatia da direção da empresa, que não tem respondido positivamente aos pontos do caderno reivindicativo relacionados com reajustes salariais, seguro de saúde e actualização das categorias.
De acordo com os trabalhadores, eles estão dispostos a dialogar com a empresa. No entanto, caso a direcção mantenha sua postura inflexível, a greve marcada para o dia 24 será uma realidade. “Estamos abertos para dialogar e resolver os problemas dos trabalhadores. A empresa está a crescer, mas os trabalhadores não. Nós só estamos a pedir um aumento”, disseram destacando que a greve será pacífica, sem vandalismo.

O porta-voz dos trabalhadores, Bernardo Adão, lamentou o tratamento alegadamente desrespeitoso por parte de estrangeiros, que, segundo ele, dizem estar na empresa apenas para mandar e não para trabalhar.
A assembleia também serviu para ouvir as sugestões e preocupações dos trabalhadores, que tiveram a oportunidade de expressar suas opiniões sobre as negociações.
A Comissão Sindical dos Trabalhadores da Mota-Engil garantiu que a paralisação ocorrerá e reforçou o compromisso com a luta por melhores condições de trabalho, transparência nas negociações e o fortalecimento da categoria, buscando sempre o reconhecimento dos seus direitos.