EX-TRABALHADOR DA TELESERVICE QUEIXA-SE DE TER SIDO DESPEDIDO INJUSTAMENTE

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O ex-trabalhador da Teleservice, Domingos Papel Manzumba, queixou-se, recentemente, ao Jornal Hora H, acusando a empresa de o ter despedido injustamente.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

Domingos Manzumba, que trabalhou há 16 anos na Teleservice, relatou que o despedimento ocorreu em função de ter baleado, inocentemente, o seu superior hierárquico num momento que estava a fazer a manutenção da arma.

“A arma já tinha problema de encravação há muito tempo e nunca tinham feito a manutenção. Quando fui para poder fazer a manutenção da arma, eu não sabia que tinha bala nela, também a arma não tinha feito noite comigo, apenas o colega me passou a arma para fazer entrega ao chefe. Ao fazer a inspeção da arma, a culatra estava a encravar, a culatra bate e sai tiro. Estava a fazer a inspeção com cano abaixo. Quando saiu tiro, a bala deu ricochete e foi tocar na coxa do chefe, arranhando-o”, contou.

Contudo, o chefe não quis acreditar que aquela acção fosse uma simples ingenuidade do subordinado, pois, não lhe restavam dúvidas de que fosse mesmo premeditado. Por isso, após Domingos Manzumba efectuar o disparo foi encaminhado urgentemente à esquadra policial mais próxima, enquanto o atingido foi levado ao hospital mais próximo.

O queixoso confessou ter ficado dois dias preso até se apurar que o acto foi, de facto, conforme as suas declarações, portanto, longe de qualquer crime. Passaram-lhe a soltura e garantiram-no que não havia nada, em termos legais, que ditasse o despedimento.

Voltou aos trabalhos na Teleservice, mas um mês foi suficiente para o terem despedido, pois, a direcção da empresa não engoliu a história de que o disparo teria sido por engano.

Categoricamente, Teleservice, na pessoa da directora dos Recursos Humanos, identificada por Eugénia, negou todas as declarações de Domingos Manzumba, chamando-lhe de mentiroso, pois, como ela disse, o ex-trabalhador fez o disparo propositalmente ao chefe, por isso, não se pensou em duas vezes para o demitirem.

“É tudo mentira que que o senhor disse. O trabalhador não vai ser despedido injustamente. Se o chefe directo vai fazer uma supervisão, encontra-o a dormir e depois de reportar, ele pega na arma, dispara e vai contra o supervisor. Nós até temos casos de disparos não intencionais e não se tem dado aberto processo criminal nenhum porque desde que esteja a usar a arma e dispara, às vezes, por mal uso ou qualquer coisa que ocorreu, isso não leva a um despedimento”, disse

“Se o trabalhador acha que foi despedido injustamente, faça recurso ao tribunal, acho que é o órgão mais justo para ouvir as partes”, recomendou Eugénia.

Domingos Manzumba disse que já impôs um recurso ao tribunal para a resolução do imbróglio, contudo, a directora do Recursos Humanos da Teleservice disse que empresa não foi notificada e se for, estará disponível para expor a sua versão diante da justiça.

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