PEDRO MAIALA “O BARÃO DO SAQUE”: COM A CONIVÊNCIA DO SIC PORTO E DA PN LEVA AKWABA GROUP SAQUEAR INSTALAÇÕES DA ZHONGAN HENGTAI

No âmbito do Processo nº 901/022-C, que corre sob a competência do Ministério Público, a empresa Akwaba Group Lda, ligada ao nome de Pedro Maiala, está a tomar de assalta a unidade fabril da empresa Zhongan Hengtai, indústria situado em Catete, província do Icolo e Bengo, com a conivência dos supostos oficiais de diligências do Tribunal da Comarca de Luanda, sobre suporte dos despachos do juiz de garantias Biscay Kassoma, bem como do SIC-Porto e do próprio comandante municipal da Polícia Nacional (PN) daquela circunscrição.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
O assunto começou quando a empresa Akwaba Group Lda. junto com o Serviço de Investigação Criminal do Porto de Luanda chegaram até a fábrica Zhongan Hengtai, em Catete, com mandatos de busca e apreensão, emitido pelo procurador Praia em 2021, onde prenderam chineses e angolanos. Depois de serem ouvidos, pediu-se avocação do processo por apresentar vícios.

Contudo, dada apreciação da sub-Procuradora Geral da República, Cecília Wilma Silva e Costa da Fonseca, em Março de 2023, junto do SIC Geral, parecia que caso teria chegado ao fim, tornando inválidas as reclamações da Akwaba.
E quando menos esperavam, a Zhongan Hengtai foi surpreendida, em 2024, com dois despachos do juiz de garantias Biscay Kassoma, a favor da empresa Akwaba, de Pedro Maiala. O primeiro foi no 16 de Maio e o segundo no dia 3 de Junho. Os despachos não pararam por ali. Em Janeiro deste ano, mais um foi elaborado pelo mesmo juiz.
Por isso, os profissionais da Zhongan Hengtai não percebem quais os interesses do juiz no processo. Para já, avançam que em nenhum momento foram notificados, tão pouco sabiam que havia algum processo criminal, sendo que tudo parecia que já estava esclarecido na Procuradoria Geral da República junto ao SIC Geral.

Na instância, a direcção teme pela distribuição da empresa que se ergueu com bastante suor e à luz da legalidade, que as autoridades de direito não consigam impedir o ilegítimo, aliás, as próprias autoridades que deveriam trabalhar pela justiça é a mesma que promove a injustiça.
“Eles disseram que vão destruir a fábrica, que podemos nos queixar onde quisermos, nenhuma entidade vai nos ajudar, porque estão todos a dar suporte neles e eles têm muita influência e que ninguém poderá lhes parar. Estão na fábrica a carregar mais de 10 camiões de tubos pipelines que nós adquirimos de forma legal à Sonils. Estão a retirar mercadoria equivalente a 100 milhões de Kwanzas por dia que não é mencionada no despacho do juiz de garantias”, denunciaram ao Jornal Hora H.

Os chineses, que são os donos da Zhongan Hengtai, que emprega mais de 3000 angolanos, estão desesperados com a situação, por isso, já pensam em fechar a fábrica, porque nem mesmo os órgãos de direito responderam aos documentos da empresa Zhongan Hengtai, que visam a reposição da legalidade do imbróglio.
A direcção da empresa Zhongan Hengtai refere que comprou de forma legal os meios à empresa Angoflex Indústria Lda., em evidências estão os contratos e os comprovativos de pagamento que provam as afirmações.

“Toda a mercadoria que estão a levar até hoje, estão a vender noutras fábricas, sob alegações de que teriam ganhado uma causa no Tribunal, por isso, têm legitimidade de as vender, uma vez que o suposto despacho diz que a empresa em causa seria o fiel depositário”, contaram ao Jornal Hora H.
Enquanto durava as investigações do Jornal Hora H, o Director do SIC Porto ligou a Redacção do Jornal Hora H, a informar que a sua instituição não estava envolvida no assunto atirando a responsabilidade ao SIC das provincias do Bengo e Icolo e Bengo, mas os documentos enviados a nossa instituição prova o contrario.
Em actualização…
