SONANGOL AMEAÇA PROCESSAR ANTÓNIO VIERA POR DIFAMAÇÃO E CALÚNIA SOBRE ALEGADA SOBREFACTURAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO TOBD

562e9dbb-79a3-443e-9a2f-32c59146a396 (1)

A Sonangol reagiu, esta semana, às declarações do ex-director da Cobalt Angola e especialista em petróleo, António Vieira, que denunciou, através da Rádio Essencial, a existência de uma alegada sobrefacturação na construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD). O ministro Diamantino Azevedo, que tutela também esta empresa petrolífera, ordenou à Sonangol que levasse às barras do tribunal o autor destas declarações que, para ele, não passam de “calúnia e difamação”.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

“Já que a Sonangol não foi clara nas orientações que lhe dei, é que a Sonangol levará também para o tribunal quem fez estas acusações contra a Sonangol. Porque não é correcto, as afirmações foram feitas sem fundamentações. Quando nos acusarem de má gestão dos recursos, de má atitude, nós temos que nos defender e temos que levar à barra do tribunal, e assim será feito”, disse Diamantino Azevedo.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás lamentou as afirmações de António Vieira que associam a empresa Enagol na gestão do TOBD, chamando o ex-director da Cobalt Angola de “coitado”, por isso, no final, ao ressaltar sobre a responsabilidade criminal que se deve impor, exigiu que a Sonangol iniciasse ainda esta semana o processo crime contra o acusador.

“Quero que, esta semana ainda, este processo se inicie!”, exigiu.

Lembra-se que, como noticiou o Jornal Hora H, no dia 13 do corrente mês, tal e qual as declarações de António Vieira, sem subtração ou acréscimo, o especialista afirmou que o TOBD, que teve o início em 2012 sob a presidência de José Eduardo dos Santos, sofreu uma sobrefacturação, saindo de 250 milhões de dólares para 700 milhões USD, quando foi retomada em 2018, já na época do actual Presidente.

Na altura, o ex-director da Cobalt Angola, de acordo o que disse na Rádio Essencial, manifestou a preocupação do governo entregar às rédeas do terminal às mãos privadas, concretamente à Enagol, o que Sonangol, recentemente, desmentiu as acusações numa carta enviada ao Jornal Hora H.

“Em nenhum momento nós vimos uma referência a uma empresa Enagol, não sabemos de onde é que é. Acho que é algo que, provavelmente, fosse a autocriação de quem quis, talvez, ofuscar o acto em si, que, diga-se de passagem, não foi mal a inauguração. E vamos ter que chegar a um ponto que quem veiculou a informação tem de ser responsabilizado por isso, porque colocou em causa a nossa honestidade”, disse o PCA da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins.

Você não pode copiar o conteúdo desta página