O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), manifestou veemente protesto contra o que considerou “atentado à liberdade de imprensa e de expressão” e apelou para que o Governo cumpra o seu papel no fomento da imprensa independente, após a não impressão não impressão da edição do semanário Novo Jornal, pela gráfica Damer, prevista para sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025.

ANNA COSTA

A edição em questão trazia como matéria principal uma reportagem sobre denúncias de corrupção no Ministério do Ambiente, intitulada  “O Ministério da ‘Mixa’ da era JLO”. Segundo o SJA, a justificativa apresentada pela empresa responsável pela impressão não se sustenta, e sugere que a interrupção tenha ocorrido por outros motivos.

A gráfica Damer, encarregada da impressão, está sob tutela do Governo no âmbito do processo de recuperação de activos constituídos com recursos públicos.

Em nota datada de 16 de Fevereiro de 2025, assinada pelo secretário-geral do SJA, Pedro Miguel, essa condição reforça a necessidade de que a empresa assegure a circulação dos poucos jornais ainda activos no mercado, incluindo o Novo Jornal. 

Além disso, o sindicato critica a falta de incentivos do Governo à comunicação social privada, contrariando a Lei de Imprensa, que prevê subsídios ao sector desde sua primeira versão, em 1991.