PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO RETIRA-SE DA MEDIAÇÃO ENTRE RDC E RUANDA

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O Presidente, João Lourenço, anunciou, no dia 8 de fevereiro de 2025, durante uma entrevista ao Jeune Afrique, que decidiu retirar-se do processo de mediação entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda.

A decisão ocorre após críticas do Presidente ruandês, Paul Kagame, que questionou a eficácia dos processos de mediação promovidos por Luanda e Nairobi na resolução do conflito no leste da RDC. Além disso, Lourenço não participou da cúpula crucial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade da África Oriental, realizada recentemente na Tanzânia, um evento importante para a diplomacia regional.

Anteriormente, João Lourenço havia assumido um papel proativo na tentativa de pacificação da região, liderando o “Processo de Luanda” e propondo um acordo de paz duradouro entre a RDC e o Ruanda. Em agosto de 2024, ele apresentou uma proposta concreta de acordo de paz aos dois países, após a entrada em vigor de um cessar-fogo em 4 de agosto de 2024.

No entanto, em janeiro de 2025, o Presidente angolano condenou a ocupação da cidade de Goma pelo grupo rebelde M23 e apelou à retirada imediata das forças ruandesas do território da RDC, considerando essas ações como graves violações ao cessar-fogo e aos esforços de pacificação em curso.

A retirada de João Lourenço da mediação representa um revés significativo nos esforços para resolver o conflito entre a RDC e o Ruanda, aumentando as incertezas quanto ao futuro das negociações de paz na região.

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