EX-TRABALHADORES DA TELESERVICE DENUNCIAM DESPEDIMENTOS INJUSTOS E ACTOS DE CORRUPÇÃO DOS CHEFES
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Cerca de quatro cidadãos nacionais, ligados à empresa Teleservice S.A., dos quais dois ex-funcionários e outros dois mulher e filho também de um antigo trabalhador já falecido, recorreram às instalações do Jornal Hora H para denunciar as injustiças nos seus despedimentos sem, posteriormente, serem indemnizados.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
Como contam, Mulenvo Biala e George Kipadi, em causa estavam os impedimentos que estes tentaram impuser aos garimpeiros que tentavam, ilicitamente, explorar os recursos nos perímetros das empresas que salvaguardam. Contudo, os garimpeiros tinham autorização e protecção dos superiores da Teleservice.
Por exemplo, Jorge Kapadi, que trabalhava como operador de rádio há 17 anos, lembra que, no dia 19 de Maio de 2023, foi tirado da sala de controlo para o posto, onde terá pegado em flagrante os garimpeiros, e quando ousou reportar o ocorrido à direcção da sua empresa, foi afastado sem justa causa.
Quanto ao Mulenvo Biala, funcionário da empresa há 17 anos também, contou que o seu despedimento ocorreu quando o chefe do turno se recusou atender o pedido do comandante da Polícia Nacional em Lukapa para autorizar os garimpeiros a realizarem seus serviços, o que, antes custou a detenção dele e de mais dois colegas por parte dos agentes do SIC, a mando do mesmo comandante. E só foram soltos por uma quantia de mais 300 mil Kwanzas cada, direito para às mãos do comandante. Da esquadra foram para casa em definitivo.
Por outro lado, Esperança Bumba e Angelino Augusto, mulher e filho de Paulo Augusto Cassule, antigo trabalhador da Teleservice, igualmente, há 17 anos, reivindicaram os direitos de que o ente-querido tinha na empresa, que, ao longo do tempo em serviço, foi-lhe feito descontos para caixa social, contudo, a família até agora não recebeu nem 1 Kwanza do valor.
E, hoje, ficam os gritos de socorro pelas injustiças que têm sofrido pela indiferença da Teleservice, sobretudo por serem quadros séniores que são deixados ao alheio como se nada fossem, pois, tudo que queriam eram apenas impedir que os recursos das empresas que asseguravam fossem explorados ilegalmente.
Na altura, Jornal Hora H contactou alto funcionário da Direcção dos Recursos Humanos da Teleservice S.A., identificada por Eugénia, que avançou que o motivo da demissão do funcionário Jorge Kapadi foi por uma infracção disciplinar e não pela denúncia de garimpo ilegal.
A TELESERVICE S.A. é empresa angolana de Segurança Privada, constituída em 1993, que presta todo e qualquer tipo de serviço no ramo.
O Jornal Hora H, contactou várias vezes a Direcção da referida instituição mas sem sucesso.