O presidente da Roménia, Klaus Iohannis, anunciou, na segunda-feira, 10, a demissão, dadas as críticas de que tinha sido alvo após o Tribunal Constitucional ter anulado as eleições presidenciais romenas em Dezembro de 2024. Na sequência de imitação de boa coisa, dado o contexto de uma visível crise económica, política, jurídica e social em Angola, vários foram os angolanos que desafiaram o Presidente João Lourenço a tomar a mesma atitude de Klaus Iohannis “para o bem-estar de todos os cidadãos”.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

“João Lourenço, segue o exemplo do outro”, escreveu Gonçalo Álvaro.

Os cidadãos nacionais aplaudiram e elogiaram a postura de Iohannis, assegurando que seria um tremendo ganho à democracia, caso os líderes africanos, em especial os angolanos, tivemos a mesma coragem, sempre que estivessem em situações de escândalo social, político e económico, em que o bem-estar da população valesse mais que a perpetuação de qualquer governante “viciado” no poder.

A exemplo, traz-se o recente escândalo económico na AGT, no desvio dos 7 mil milhões de Kwanzas, que de alguma forma envolve a ministra Vera Daves no imbróglio, uma situação que o Aniceto Kanjila acredita ser “clara o bastante” que deveria ter custado a dirigente uma demissão imediata.

Outra demitida seria a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, pelos casos vergonhosos das mortes que acontecem logo aos portões, como dentro também, dos hospitais, muito por negligência dos próprios funcionários; outrossim, pela não resolução do surto da cólera em pleno 2025, onde obriga-se os cidadãos a ferverem a água ou tratá-la com lixívia como se tratasse de uma civilização primitiva, enquanto que noutras paragens, num ano como este, resultaria na exoneração da titular da pasta.

Ao João Lourenço, conforme as razões das agressões que faz à Constituição, ao belo capricho, já elencadas pela UNITA quando se pretendia destitui-lo da Presidência, acrescendo a isso as instabilidades políticas, sociais e económicas, reúne requisitos mais que suficientes para pedir a demissão do cargo de Presidente da República de Angola, o que seria recebida, conforme afirmam muitos, de bom grado por todos angolanos. Como Jorge Augusto Manuel disse: “João Lourenço é tua vez, faz sentir teu nome, vamos te chamar ‘herói nacional'”, em referência ao caso do presidente romeno.

“E o incompetente João Lourenço está a espera de quê para seguir o mesmo exemplo? É cego ou está a se fazer?”, perguntou Henrique Nangayafina Jr.

Deslumbrado com a postura de Klaus Iohannis, José Ndala reforça que os verdadeiros governantes fazem isso “numa boa”, contudo, “os selvagens” tudo fazem para se perpetuarem no poder, como se o país fosse propriedade privada deles.

Refira-se que, o Tribunal Constitucional da Roménia anulou as eleições por suspeita de ingerência russa e manipulação da opinião pública, fazendo com que o mandato de Iohannis fosse prolongado. O presidente romeno, de 65 anos, que estava na presidência desde 2014 e já cumpriu o máximo de dois mandatos de cinco anos, diz agora que sai de cena, numa altura em que o parlamento iria votar a favor da sua destituição.

“Para poupar a Roménia e os cidadãos romenos a uma crise, abandono as minhas funções”, declarou Klaus Iohannis durante uma conferência de imprensa em Bucareste.