MPLA COLOCA CONCLUSÃO DO PACOTE LEGISLATIVO AUTÁRQUICO ENTRE AS PRIORIDADES DO ANO

A Agenda Política do MPLA para 2025 prevê diligenciar, junto da Assembleia Nacional, a conclusão do pacote legislativo para a criação de condições para a implementação das tarefas para a realização das eleições autarquicas.
O pacote estabelece as normas sobre a institucionalização das autarquias, uma medida relevante para o reforço e consolidação do processo democrático, que traduz a concretização do princípio da descentralização administrativa, visando aproximar os serviços e os centros de decisão às populações.
A Agenda, com 11 pontos, lançada, ontem, na cidade de Malanje, pela vice-presidente do MPLA, Mara Quiosa, realça também o contínuo reforço da cooperação com os partidos políticos, como tarefa prioritária, tendo em atenção as dinâmicas da política mundial, que exigem a busca pela influência junto da população.
Neste sentido, Mara Quiosa reiterou ser tarefa do MPLA assegurar que o país continue a impulsionar os processos de concertação interpartidária na busca pela paz mundial e do continente africano, entre outras acções inerentes à participação activa em organizações internacionais.
A Agenda contempla, ainda, o reforço do trabalho de formação e de capacitação político-ideológica dos militantes, quadros e dirigentes do partido, visando assegurar que aqueles que ingressarem pela primeira vez no partido possam ter a oportunidade de conhecer os seus principais instrumentos e documentos.
O documento prevê, por outro lado, a criação de condições para o contínuo apoio ao Executivo na concretização dos desígnios apontados pelo Presidente da República, João Lourenço, na mensagem de Ano Novo, sobretudo aqueles que visam melhorar as condições de vida dos cidadãos.
No que toca à resolução dos problemas da população, o MPLA prevê promover a participação dos cidadãos na vida social das comunidades, continuar a divulgar os importantes projectos e programas, especialmente os ligados ao combate à pobreza, ao desemprego e às desigualdades sociais.
O MPLA vai, igualmente, apostar na integração estratégica das tecnologias de informação e comunicação, com o objectivo de aumentar a eficiência e a eficácia, gerando um ambiente mais coordenado e proactivo dos órgãos e organismos do partido.
Esta tarefa, segundo a vice-presidente, deverá, entre outras, contribuir na ampliação das competências dos dirigentes, quadros e militantes do partido em relação ao uso eficaz das redes sociais e reforçar o combate político, que é cada vez mais travado no contexto digital.
A Agenda, ora apresentada, define as prioridades políticas e as acções tendentes ao bem-estar da população, no quadro das comemorações dos 50 anos de Independência de Angola, e constitui um compromisso renovado para enfrentar os desafios do povo angolano e fortalecer as estruturas de base e intermédias do MPLA.
Malanje entre as principais praças político-eleitorais
Durante o seu discurso em representação do Líder do MPLA, João Lourenço, Mara Quiosa considerou as terras da Palanca Negra Gigante a melhor opção para o acto de apresentação pública dos interesses do partido para 2025.
Disse estar confiante nas próximas vitórias, pois a direcção do partido conhece a determinação e a capacidade de organização da direcção e dos militantes do MPLA na província de Malanje.
Mara Quiosa acrescentou que a província de Malanje é uma das fortes praças político-eleitorais do MPLA. “Aqui temos tradição de vitórias, mas precisamos continuar a trabalhar de forma a reforçar a hegemonia política na província. Estamos confiantes, pois conhecemos a determinação e a capacidade de organização da direcção e dos militantes do MPLA nesta província”, destacou.
A dirigente política referiu que o ano de 2024 foi de grandes desafios a vários níveis, mas todos foram enfrentados com bravura e determinação, salientando que o partido recentemente renovado vai manter os princípios de consolidação do desenvolvimento nacional.
A vice-presidente do partido lembrou que o 8º Congresso Extraordinário do MPLA, que avaliou a trajectória política desde a proclamação da Independência aos dias de hoje, empreendeu uma profunda reflexão do seu percurso, que culminou com a aprovação da tese MPLA.
O conclave permitiu, igualmente, a renovação pontual dos organismos nacionais, como o Bureau Político e o seu Secretariado, que permitiu realizar ajustamentos pontuais dos estatutos.
O 8º Congresso Extraordinário foi antecedido por importantes acontecimentos políticos, como o processo de balanço e renovação de mandatos, a revitalização dos Comités de Acção do Partido e a realização do 9º Congresso Extraordinário da JMPLA, que elegeu o 1º secretário nacional, Justino Capapinha.
Mara Quiosa sustentou, neste sentido, que o partido deve anualmente materializar a sua agenda política, que assenta em 11 tarefas fundamentais, como dinamizar a divulgação, o estudo e a materialização da tese e as recomendações do 8º Congresso Extraordinário, cuidar previamente do ajustamento e adequação das orientações e instrumentos que conduzam ao aumento da eficácia da acção do partido, assim como levar coesão e empatia junto de todas as camadas e estratos sociais do país.
Reforçou ser urgente a criação de condições para a implementação dos órgãos e organismos do partido em todas as circunscrições territoriais resultantes da nova Divisão Político-Administrativa (DPA).
Fortalecer os CAP e ampliar a base militante
A vice-presidente do MPLA defendeu, igualmente, a aprovação e que se ponha em prática um plano de trabalho para fortalecer cada vez mais os Comités de Acção do Partido (CAP) e ampliar a base militante.
Durante o acto, que decorreu no Largo 1.º de Maio, Mara Quiosa considerou imperioso que a JMPLA continue a trabalhar no reforço da ideologia política, no resgate dos valores morais e cívicos e na “busca de soluções para os problemas da nossa juventude”.
A dirigente política acrescentou, também, que o partido deve assegurar a criação de condições para que a OMA realize, com êxito, o seu 8.º Congresso Ordinário, de modo a assumir um protagonismo cada vez maior na sociedade e continuar a liderar o movimento de empoderamento das mulheres no país.
Destacada a “liderança firme e comprometida” do Presidente João Lourenço
Mara Quiosa enalteceu, na ocasião, a liderança firme e comprometida do Líder do MPLA e Presidente da República, João Lourenço, que sob a sua orientação o partido tem demonstrado uma resiliência e capacidade de adaptação aos desafios dos tempos actuais e se reafirmado como a força motriz do progresso do país.
“O seu compromisso inabalável com a estabilidade, justiça social e o desenvolvimento sustentável continua a inspirar os angolanos a trabalhar com maior determinação, para concretizar as aspirações do povo, que vem materializando a sua visão de uma Angola próspera e inclusiva”, destacou.
Mara Quiosa defendeu o envolvimento de todas as estruturas e militantes do partido a participarem, de forma activa e engajada, em todas as actividades em prol das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional.
Implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional
Mara Quiosa adiantou, também, que o MPLA vai continuar a acompanhar a implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, bem como a execução parcimoniosa do Orçamento Geral do Estado de 2025, tendo em conta a conjuntura económica e financeira prevista para o presente ano e os compromissos internos assumidos no âmbito dos instrumentos essenciais de governação.
Secretário provincial Marcos Nhunga
Duzentos e 76 mil 488 hectares estão a ser preparados pelo Governo Provincial de Malanje para o Ano Agrícola 2024/2025, com vista ao fomento da agricultura empresarial e atender às necessidades alimentares da região.
Com isso, pretende-se aumentar o nível de produção mecanizada, com o envolvimento de 170 mil famílias, ao nível da província, para a redução da fome e da pobreza.
A informação foi ontem avançada pelo primeiro-secretário provincial do MPLA, Marcos Nhunga, à margem do acto de lançamento da Agenda Política.
O político reiterou que a província de Malanje dispõe de terras aráveis suficientes e clima chuvoso propício para impulsionar a agricultura empresarial e familiar, a fim de contribuir no combate à fome.
Marcos Nhunga realçou que o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), gizado pelo Governo, tem o fomento da agricultura como prioridade, aliado à distribuição de água e aos cuidados primários de saúde, daí que tudo vem sendo feito para que mais famílias se dediquem à actividade agrícola.
Relativamente à Agenda Política apresentada, disse tratar-se de um instrumento orientador e de capital importância para o partido, tendo em conta as prioridades do plano político-partidário, económico e social do país que se propõe para este ano, em prol do bem-estar dos angolanos.
Marcos Nhunga assegurou que o partido vai continuar a trabalhar para o bem-estar da população e está preparado para os desafios do presente e do futuro, rumo à vitória eleitoral de 2027, uma vez que está enraizado no seio do povo.
O político referiu que o MPLA, em Malanje, não recua, e o grau de organização e funcionamento dos seus órgãos de base, sociais e das estruturas de apoio demonstram estar preparado para conquistar uma vez mais o eleitorado.