RICARDO DE MELO FOI ASSASSINADO HÁ 30 ANOS EM ANGOLA

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Completaram-se, no dia 18 de Janeiro,  30 anos desde que o jornalista angolano Ricardo de Melo foi assassinado em Luanda, nas escadas do segundo andar do prédio onde vivia, ao lado do Palácio de Ferro.

O crime nunca foi esclarecido até hoje, tendo ficado demasiado evidente que, na origem do assassinato, esteve a sua actividade jornalística,  cerca de um ano depois de ter fundado o Imparcial Fax, um projecto diário bastante inovador para a época,  ao qual ainda cheguei a emprestar a minha colaboração com uma única matéria (não assinada), se bem me lembro. 

Até ao dia da morte de Ricardo de Melo,  o Imparcial Fax esteve nas mãos dos seus leitores com 219 edições. 

Depois da sua morte, já não me lembro de quantas edições ainda foram produzidas,  mas terão sido poucas, tendo o projecto acabado por desaparecer da circulação com o seu mentor e editor-chefe, conforme era a intenção dos que mandaram matar Ricardo de Melo.  Foi efectivamente o crime perfeito,  só possível,  entretanto,  num país com as nossas características históricas, políticas e institucionais. 

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