O FIM DO NOVO JORNAL E O EXPANSÃO: ANGOLA “MATA” JORNAIS PRIVADOS IMPRENSO COM A SUBIDA GALOPANTE DOS PREÇOS NAS GRÁFICAS
Angola será o primeiro País do mundo, onde não haverá jornais privados imprenso em circulação, com a subida “galopante” dos preços na gráfica onde é imprimido os Semanários Novo Jornal e Expansão que passam agora a serem vendidos 2.000.00 Kwanzas contra os 1.000.00 anteriores.
FRANCISCO MWANA ÚTA
Com a subida dos preços de impressão, estes únicos jornais imprenso no País, reduziram a sua capacidade de quatro mil jornais para dois mil semanalmente, o que limita milhões de angolanos a comprar os jornais face o fraco poder de compra.
“É única solução que o Governo do MPLA encontrou para asfixiar a imprensa privada em Angola”, disse a este jornal, professor universitário Almeida de Assunção Kimaco.
Segundo este docente, a decisão de aumentar preços para “abafar” os jornais privados, não resolvem o problema, enquanto existirem as redes sociais que estão a “tirar o sono” ao Executivo.
“Praticamente só a elite e empresas em Angola é que compram os jornais privados, dado o elevado custo. Eles os (jornais) tem pouca propagação no País”, acrescentou.
Almeida de Assunção Kimaco disse que o apoio a imprensa privada consta na Lei de imprensa há quase trinta anos, mas nunca foi implementado.
“O Governo ao invés de limitar a circulação de jornais privados imprenso, deve apoiar”, acrescentou frisando que o Novo Jornal é um dos poucos semanários ainda em circulação.
“Fora de circulação já andam o Jornal Hora H no formato físico, Visão, Manchete, o Crime, entre outros. É uma pena”, sublinhou frisando que a imprensa privada em Angola continua a protestar contra a discriminação e as limitações no acesso às fontes.
“Os órgãos privados continuam a ser tratados muito mal. Isto não pode continuar assim, porque jogam um papel preponderante no desenvolvimento do País”, disse.
Para o docente universitário, o diálogo entre Governo com a imprensa privada que é muito importante para o desenvolvimento da comunicação social no País, não é tido e nem achado.
Os órgãos privados em Angola passam por problemas de falta de papel e mais gráficas para a impressão dos jornais, redução ou isenção das contribuições fiscais em tempo de crise.