CUANZA NORTE EM ALERTA AOS PERIGOS DE ESTUPRO E ASSASSINATO ÀS IDOSAS
A população no Cuanza Norte continua preocupada com as mortes que se registaram nos últimos meses na província, principalmente em casos onde são vítimas as idosas que se deslocam das lavras, no período das 16, 17 e 18 horas. A situação põe em alerta máxima todo população, no geral.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
O silêncio e a não acção das autoridades competentes diante dessas actividades bárbaras têm levado a população crer que se calhar os estupros e assassinatos têm a conivência da polícia, pois, não entendem como é que diante de tantos casos similares a polícia não consegue desmantelar sequer um desses malfeitores.
Meses vão passando, a situação mesma, o terror de ir às suas lavras tomam conta das emoções das velhas, pois, não há segurança. E com isso a produção deteriora, porque a vida é o bem maior. De que adianta ir à lavra e no seu regresso perder, de forma horrorosa, a vida num triz? Este questionamento prende-se, certamente, na cabaça de muitas idosas no Cuanza Norte.
O caso mais recente aconteceu na capital N’dalatando, no município de Cazengo.
Em contacto ao jornal Na Mira do Crime, sob a condição de anonimato, o filho de uma idosa que foi abusada sexualmente e depois assassinada, contou que faz dois anos que acontecem crimes bárbaros contra estas senhoras, “com a conivência e silêncio das autoridades locais”.
“As nossas mamãs estão a ser violentadas sexualmente e depois, brutalmente, assassinadas nas suas próprias lavras, estes crimes estão a acontecer nas lavras periféricas da cidade de N’dalatando”, denunciaram.
O cidadão, filho de uma das vítimas, adiantou que antes pensava que tudo não passava de boatos, até que no dia 29 de Novembro de 2024, “a minha própria mãe que em vida atendia pelo nome de Maria Caluanda, natural da comuna de Manguengue, município de Bolongongo, província do Cuanza Norte, e que residia em N’dalatando, bairro da Kipata, desde 1976, de 69 anos de idade, foi brutalmente violentada e assassinada”.
“Com ela contabilizavam no total 11 velhas mortas nas mesmas circunstâncias, enterramos ela no dia 03 de Dezembro de 2024, depois das autoridades locais nos liberarem os restos mortais da minha querida mãe. Escrevo isso com lágrimas nos olhos, é muita dor mesmo. De Dezembro do ano passado para cá, ouviu-se que voltaram a violar e assassinar mais três velhas indefesas, totalizando catorze vítimas mortais, só idosas”, alertou.
“Como eu vivo cá em Luanda”, continuou, “os meus irmãos que vivem em N’dalatando foram os primeiros a darem o depoimento as autoridades, quando lá cheguei, pedi para que se constituísse um processo, a fim de se investigar e encontrar os culpados e assim se fazer justiça”, mas, disse, lamentavelmente até hoje nenhum familiar das vítimas foi pelo menos esclarecidos ou informado pelo SIC N’dalatando do que realmente está a acontecer.