O seleccionador dos Palancas Negras, Pedro Gonçalves, reagiu negativamente, esta terça-feira, 14, o adiamento do CHAN 2024 para Agosto do ano em curso.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

A realização da competição estava prevista para dia 1 até 28 de Fevereiro, no Quénia, Tanzânia e no Uganda, mas pela falta de disponibilidade da infra-estruturas e instalações a nível das exigências da Confederação Africana Futebol (CAF), o organismo achou conveniente adiar o torneio para Agosto, para dar mais tempo ao tempo.

No comunicado consultado pelo Jornal Hora H, a CAF refere que “foram feitos bons progressos no Quénia, na Tanzânia e no Uganda com a construção e modernização de estádios, campos de treino, hotéis, hospitais e outras infra-estruturas e instalações para a realização de um torneio de sucesso. No entanto, os peritos técnicos e de infra-estruturas da CAF, alguns dos quais estiveram no Quénia, na Tanzânia e no Uganda, aconselharam a CAF que é necessário mais tempo para garantir que as infra-estruturas e as instalações estejam ao nível necessário para acolher um torneio de sucesso”.

Dado a isso, Pedro Gonçalves escreveu no seu Facebook que tomou conhecimento “com completa surpresa” sobre o adiamento do CHAN 2024, que, para ele, por si só, já era bizarro, pois o ano do nome da competição já não correspondia ao ano em que estamos, “agora piora ainda mais com o adiamento de vários meses em relação ao atraso que já havia”.

Lamentou a decisão, porque obsta directamente com a credibilidade que “todos nós fazedores do futebol africano tanto nos temos esforçado por evidenciar em todas as nossas atividades”, sem, com isso, deixar de reconhecer todo o esforço da CAF em melhorar as competições sob a sua égide.

Para o treinador da selecção nacional, a decisão surge também num momento em Angola agrega sinergias, arregaçando as mangas e movendo mundos e fundos para proporcionar ao núcleo de jogadores internos oportunidade de evidenciar o seu potencial, num patamar que se projectou de exigência e catalisador de competências.

“Lamento esta decisão pelo futebol africano e a sua credibilidade, pelo esforço realizado da estrutura do futebol angolano, mas sobretudo por este núcleo de jogadores que se preparou e focou num objectivo que agora é adiado”, sublinhou.

Segundo Pedro Gonçalves, a decisão concorre perante às ambições para o ano 2025. Por isso, mais do que nunca, o treinador reitera a vontade imensa de estar no próximo CHAN e ilustrar todas as qualidades internas dos atletas do Girabola.

“Escolham a data que quiserem, apelidem o CHAN com o nome que quiserem, onde quiserem, Angola estará presente, com energias redobradas para elevar o seu nome para júbilo de todos os angolanos”, finalizou.