LUANDA: MORADORES DO KIKOLO ENFRENTAM DIFICULDADES DEVIDO À FALTA DE PONTE E INFRAESTRUTURA
Os moradores do distrito urbano do Kikolo, na zona do Iba, estão frustrados com as dificuldades que enfrentam devido à interrupção da livre circulação de pessoas e bens, causada pela falta de uma ponte sobre a vala do Tio Abel, que divide os bairros Boa Esperanças e outras áreas vizinhas.
ANNA COSTA
De acordo com os populares, a situação já perdura há cerca de 3 anos, e se agrava durante o período de chuvas, e há relatos de mortes, especialmente de crianças, que enfrentam enormes dificuldades para atravessar a área numa ponte improvisada, construída pelos próprios moradores com troncos de árvores.
Os munícipes afirmaram, em entrevista ao Jornal Hora H, que, em 2021, o administrador local visitou o local para avaliar a situação e prometeu a reconstrução da ponte, além da construção de uma estrada que ligaria o bairro ao Paraíso. No entanto, até o momento, nada foi feito.
Durante o período chuvoso, os moradores relatam que enfrentam ainda mais dificuldades para entrar e sair de casa devido às passagens alagadas, sendo obrigados a pagar 100 kwanzas para usar passagens improvisadas feitas por jovens locais.
Os habitantes dizem estar desesperados e esperam contar com o apoio do Governador para solucionar os problemas enfrentados.
Além do risco iminente à segurança, a área também sofre com altos índices de criminalidade, com meliantes aproveitando a situação para assaltar os transeuntes.
Para os moradores, as condições precárias das ruas e estradas contribuem para a o abandono e desespero e afirmam viver em extrema pobreza e miséria, sem perspectivas de melhoria.
MORADORES DO GOLFE/CATINTON AGUARDAM HÁ MAIS DE 4 ANOS PELA REABILITAÇÃO DA PONTE
Situação semelhante a dos munícipes de Cacuaco, enfrentam os moradores do Golfe/Catinton, que esperam há mais de 4 anos pela reabilitação da chamada “ponte do Catinton”.
O estado degradado da ponte, que liga a comuna do Golfe ao distrito urbano da Maianga, é uma das principais preocupações dos moradores, que toda vez pagam um valor adicional para fazerem a travessia.
Actualmente, os usuários são forçados a pagar de 50 a 100 kwanzas aos jovens locais, que, por iniciativa própria, criaram condições improvisadas para garantir uma travessia segura.
Agastados com a situação, os moradores pedem a reabilitação da infraestrutura para facilitar a passagem de pessoas e bens, uma vez que o local está completamente inacessível para veículos.
De acordo com os populares, durante o período de chuvas, a situação se agrava. A vala fica completamente cheia de água e, devido ao lixo acumulado que obstrui a passagem da água, a ponte acaba sendo inundada por toda a correnteza. Ninguém consegue atravessar até que o nível da água baixe, o que pode levar vários dias.
“Estamos cansados disso. Os carros não conseguem atravessar para o outro lado devido ao estado da ponte. Somos obrigados a pagar aos jovens que transportam as cargas e aos moços que tentam consertar a ponte, e gastamos muito com isso”, disseram.