DIRECÇÃO DA IGREJA TOCOISTA ACUSADA DE ESBANJAR MILHÕES DE KWANZAS NA TRANSMISSÃO TELEVISÕES E DEIXANDO COLABORADORES COM SALÁRIOS DE MISERIA E EM ATRASO

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Vários colaboradores da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo “Tocoistas) que trabalham em alguns departamentos, estão descontentes com atraso dos seus subsídios que muitas vezes vão até quatro meses.

FRANCISCO MWANA ÚTA

Segundo apurou este jornal, o atraso de subsídio é notório aos colaboradores, que trabalham no instituto médio, superior politécnico, rádio e entre outros departamentos administrativos da igreja,

Segundo eles, é inconcebível que, quando se trata de transmissão de actos religiosos nas televisões, a direcção da igreja chega a ponto de gastar três a quatro milhões de Kwanzas.

“Onde é que está o amor ao próximo que igreja diz defender?”, questionam os colaboradores nesta condição, frisando que a atenção especial é dada aos que trabalham próximo do bispo e outros pastores de renome.

“Somos todos membros da igreja e temos o mesmo direito, quando trabalhamos em prol da nossa denominação devemos ser dignificados”, acrescentam.

Uma fonte ligada à direcção da igreja negou tais acusações, salientando que apesar de poucos recursos financeiros, os que trabalham são pagos.

“São pessoas que querem apenas beliscar a imagem da nossa igreja e da nossa direcção. Tudo aqui é feito com transparência”, acrescentou.

Refira-se que, o Tocoismo é um movimento formado por seguidores do profeta angolano Simão Gonçalves Toco (1918-1984).

Trata-se de um dos maiores movimentos cristãos em Angola contando igualmente com sedes em vários outros países.

Simão Gonçalves Toco nasceu em 1918 na localidade de Sadi-Zulumongo (Ntaia, Maquela do Zombo, província do Uige , tendo recebido o nome kikongo de Mayamona. Após frequentar o ensino primário na missão baptista de Kibokolo, concluiu os estudos liceais no Liceu Salvador Correia em Luanda. Por esta altura, terá conhecido um acontecimento milagroso que terá despoletado a sua missão religiosa: o encontro com Deus em Catete (17 de Abril de 1935). Depois, regressará ao Uíge para trabalhar nas missões baptistas de Kibokolo e Bembe. Em 1942, decide partir para Leopoldville (Congo Belga) para colaborar com a missão local e dirigir um coro musical com cantores zombos, oriundos da mesma região que ele (Maquela do Zombo).

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