BAI NO CENTRO DAS MANOBRAS DE CORRUPÇÃO DE ALTAS INDIVIDUALIDADES NO PAÍS

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Banco Angolano de Investimentos (BAI) é apontado como uma das vias que se usava para os desvios ilícitos de dinheiro público pelas altas individualidades de Angola, dentre os quais destacam-se a Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, e Manuel Vicente, antigo vice-Presidente do país.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

As afirmações foram feitas no programa Política no Feminino da Televisão Pública de Angola (TPA), pela socióloga Tânia de Carvalho, aquando da ilações apuradas diante de um relatório elaborado pelas autoridades norte-americanas sobre as manobras de corrupção em Angola, que envolvia o caso da Isabel dos Santos.

Conforme apurou, parte dos fundos da filha do antigo Presidente, em desfalque ao país, saíram do BAI, tudo em conivência com o José de Lima Massano, numa altura em que foi presidente do Banco Nacional de Angola e depois do BAI, facilitando assim a actividade ilícita de Isabel dos Santos.

“Massano é que assina nosso dinheiro actualmente. Está a fazer outras denúncias, no caso, a dos 500 milhões. Massano não teve tempo de olhar as transações anormais que a Isabel fazia? Como é que o governador do BNA tenha acções no BAI? Os funcionários do banco central quando tiverem que despachar algo sobre o BAI vão sempre despachar a favor. No leilão de divisa o BAI vai ser sempre facilitado”, disse na altura, sublinhando o quão o conflito de interesses levou o país ao abismo.

Envolveu no esquema José Carlos de Castro Paiva, antigo PCE do BAI, e também ex-presidente da Sonangol UK (Londres), que terá usado o seu cargo de gestor naquela empresa para transferir uma percentagem de um investimento da petrolífera estatal angolana no BAI para seu nome próprio.

Recorda-se que quando o BAI foi criado, em novembro de 1996, a Sonangol era a principal investidora na instituição bancária, com 18,5% das acções, posição que diminuiu 10% ao longo do tempo, tendo esse capital sido assumido por alguns dirigentes da empresa, entre os quais José Carlos Paiva.

Em contrapartida, apesar destas manobras óbvias, o Banco Angolano de Investimentos continua a ser galardoada como o Melhor Banco de Angola pela  prestigiada revista norte-americana especializada em finanças, Global Finance.

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