NO UÍGE: LIXEIRA A CÉU ABERTO NA PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA E ARREDORES PREOCUPA OS MUNÍCIPES

41b42efa-c525-4d1e-8cf7-51b3468e379b

Os amontoados de lixo na praça da independência, na cidade do Uíge, são agora um dos principais postais de cartão-de-visita da província Uíge, desagradando a moradores e transeuntes que temem doenças e queixam-se do cheiro nauseabundo do lixo que daí advém. 

NDOMBI ZADIMENGA

Quem circula pela cidade do Uíge, nas imediações do Hospital Geral, Instituição Superior Nzenzo e Praça da Independência, vê facilmente os montes de lixo, onde as bermas das estradas se transformaram em lixeiras, que dificultam, em muitos casos, a mobilidade de viaturas e pedestres.

Os munícipes afirmaram que o lixo não é recolhido há semanas naquela zona e que para combater o cheiro e os vermes que ali nascem, atear fogo aos resíduos é muitas vezes a solução, apesar dos fumos causarem também outros problemas.

Numa ronda feita na zona, foi possível verificar que grande parte das lixeiras a céu aberto, sobretudo nas vias principais e secundárias, não tem contentores de pequeno ou médio porte e os que ainda resistem estão a transbordar de tanto lixo.

Os moradores, transeuntes, vendedoras e automobilistas lamentaram a actual situação e afirmaram recear doenças, sobretudo nesta época chuvosa, com “um cenário pintado de cores tristes”.

“É muito preocupante, sinceramente, porque é um atentado à saúde pública e neste contexto já estamos muito saturados, estamos desgastados devido ao lixo, porque não temos mecanismos de como tirar daqui, nós estamos quase abandonados”, contou Nfuniakenda morador há quase 40 anos no bairro papelão.

Quem circula pela rua do café, ao lado da igreja católica da Sé Catedral, facilmente vislumbra, durante o percurso dentro do quintal da independência, os amontoados de lixo no chão, sendo também marcante a ausência de contentores.

 Segundo Maluaxi Manzambi, vendedor nos arredores, “os carros de recolha passam pela zona, mas por mais que falam e nada fazem, “temos a pressão do lixo e dos fiscais e trabalhamos em plena corrida”.

 Orlando Biavanga um dos mototaxistas, queixou-se igualmente do cheiro e do amontoado de lixo na centralidade de Kilomosso, afirmando que a situação, que considerou “prejudicial para a sua saúde e a dos passageiros”, persiste desde o ano passado.

Você não pode copiar o conteúdo desta página