A inauguração dos primeiros voos experimentais do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, prevista para o dia 10 de novembro, corre o risco de ser adiada devido a uma greve convocada pelo Sindicato dos Controladores de Tráfego Aéreo de Angola (SINCTA). A paralisação está marcada para o dia 1º de novembro e poderá paralisar todas as operações aéreas no país.

O primeiro voo, previsto para ocorrer em 10 de novembro de 2024, tem como destino Cabinda e será operado pela companhia aérea angolana TAAG.

Os controladores aéreos anunciam que, a partir do dia 8 de novembro, entrarão em greve se a direção da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA-EP) não negociar de maneira justa os compromissos acordados em 2022. Em declarações ao Club-K, os promotores da greve afirmaram que “Se não chegarmos a um acordo, não haverá voos comerciais nem no aeroporto internacional de Luanda nem no de Bom Jesus.”

O sindicato exige um aumento salarial de 100% e a reestruturação da carreira, alegando que as propostas apresentadas pela Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA-EP) são insuficientes. Entre as reivindicações, estão a equiparação salarial com outras categorias profissionais, a atribuição de viaturas e passagens aéreas em classe executiva para membros do conselho de administração, e a implementação de um novo qualificador profissional específico para controladores de tráfego aéreo.

A ENNA-EP, por sua vez, afirma ter apresentado uma proposta de aumento salarial de 30% e se disposto a negociar um novo qualificador profissional. No entanto, o sindicato rejeitou a proposta, alegando que a empresa possui recursos financeiros para atender às suas reivindicações.

A greve dos controladores aéreos coloca em risco não apenas a inauguração do novo aeroporto, mas também a operação de todos os voos comerciais em Angola. A paralisação pode causar grandes prejuízos à economia nacional e afetar milhares de passageiros.

 As principais reivindicações do SINCTA são:

 Aumento salarial de 100% para os controladores de tráfego aéreo;

Equiparação salarial com outras categorias profissionais;

Atribuição de viaturas e passagens aéreas em classe executiva para membros do conselho de administração;

Implementação de um novo qualificador profissional específico para controladores de tráfego aéreo.

A ENNA-EP afirma que a greve é injustificada e que a empresa está disposta a negociar, mas o sindicato mantém sua posição.

A expectativa é que as partes envolvidas retomem as negociações nos próximos dias para evitar a paralisação dos serviços aéreos e garantir a inauguração do novo aeroporto.