NA JMPLA: MILITANTES CONTRAPÕEM-SE À CANDIDATURA DE JUSTINO CAPAPINHA À SUBSTITUIÇÃO DE CRISPINIANO
O fraco desempenho da actual liderança da JMPLA, tem sido a maior preocupação dos militantes, que discutem a necessidade de eleger um jovem mobilizador, comunicativo e unificador de modo a que venha reestruturar a organização. O que se fala nos bastidores é que Justino Capapinha, filho do exonerado governador do Cuanza Sul, Job Capapinha, não reúne requisito necessário para que se alcance tal objectivo.
ANGELINO AUGUSTO
O Jornal Hora H, sabe que até ao momento, apenas dois nomes têm sido citados na lista dos candidatos para substituirem Crispiniano. Trata-se de Justino Capapinha e Mário Aragão, este último considerado em muitos circulos políticos juvenil como a aposta certa para o cadeirão máximo, destacado pela sua participação activa em diversos programas televisivos e radiofónicos e pala forma destemida a que defende a sua cor partidária.
Ao passo que seu concorrente, apoiado por Crispiniano dos Santos, acusado de responsável pelo abismo em que se encontra a JMPLA actualmente, e pelo seu pai, duramente criticado, alegadamente por incompetência, enquanto governador do Cuanza Norte, está a ser desacreditado por jovens que dizem não crerem que Justino Capapainha seja o candidato ideal para levantar a organização.
Pelas exigências da sociedade angolana que está cada vez mais consciente, informada e exigente, os jovens esperam que as suas lideranças estejam alinhadas com os desafios e as aspirações da juventude em especial.
De acordo com fontes do Jornal Hora H, a divisão interna enfraqueceu a JMPLA nos últimos anos, por isso é a hora de superar as diferenças em prol de um objetivo comum, e entendem que seja crucial que a JMPLA escolha um Secretário Geral que seja um jovem mobilizador, porém, diz não ser perfil de Justino Capapinha.
Nos bastidores, justifica-se que a liderança de Crispiniano dos Santos não conseguiu corresponder às expectativas e às necessidades emergentes da juventude, resultando em uma performance aquém do desejado e que pode não diferenciar de Jus Capapinha, candidato da continuidade.
“A juventude angolana anseia por uma mudança significativa, quer nas políticas públicas destinadas à essa franja da sociedade e sobretudo aos jovens que lideram essas iniciativas junto dos principais atores políticos”.
Os jovens do partido que dirige o país há mais de 40 anos, entendem ainda que a eleição do Secretário Geral da JMPLA deve ser um processo que priorize a capacidade de liderança, o compromisso com a unidade e a habilidade de representar efetivamente a juventude e dizem ser vital que os interesses pessoais e políticos não se sobreponham ao interesse maior da juventude angolana.