CHINA VAI DISPONIBILIZAR 51 MIL MILHÕES DE DÓLARES

O Governo da República Popular da China vai conceder apoio financeiro aos países africanos, nos próximos três anos, de 360 mil milhões de yuan, perto de 51 mil milhões de dólares, no âmbito da implementação dos dez pontos da parceria estabelecida durante o Fórum de Cooperação sino-africana (FOCAC), que hoje encerra em Beijing.

A informação foi avançada, ontem, pelo Presidente chinês, Xi Jinping, durante o discurso principal da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do FOCAC, testemunhada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, em representação do Presidente João Lourenço.

Do total de 360 mil milhões de yuan, inclui uma linha de crédito de 210 mil milhões de yuan (cerca de 30 mil milhões de dólares) e 80 mil milhões de yuan (cerca de 12 mil milhões de dólares) de assistência em diferentes formas, e pelo menos 70 mil milhões de yuan (cerca de 10 mil milhões de dólares) de investimento em África por empresas chinesas.

“A China também vai encorajar e apoiar a África a emitir ‘panda bonds’ na China, para reforçar a nossa cooperação orientada para resultados em todas as áreas”, reforçou Xi Jinping.

O anúncio da disponibilização financeira, segundo o Presidente chinês, visa materializar os dez pontos da parceria sino-africana, nomeadamente: Aprendizagem Mútua entre Civilizações; Prosperidade Comercial; Cooperação de Cadeia Produtiva; Conectividade, Cooperação de Desenvolvimento; Saúde; Agricultura e o Bem-Estar do Povo; Intercâmbio entre os Povos; Desenvolvimento Verde e Segurança Comum.

“A China e a África contam com um terço da população mundial. Sem a nossa modernização, não haverá modernização global. Nos próximos três anos, a China trabalhará com a África para materializar as dez acções de parceria para modernização, de forma a aprofundar a cooperação e alavancar a modernização do Sul Global”, anunciou o Presidente da República Popular da China.

Xi Jinping referiu, ainda, que a China e os Estados africanos devem promover uma modernização justa e equitativa, sugerindo que, ao modernizar os países, se deve não apenas seguir as leis gerais, mas também agir à luz das realidades nacionais.

“A China está disposta a reforçar o compartilhamento de experiências de governança com a África, apoiar todos os países a explorar caminhos à modernização que correspondam às suas realidades nacionais, e ajudar a garantir direitos iguais e oportunidades iguais para todos os países”, disse.

A cooperação de benefício mútuo, acrescentou o estadista chinês, é o caminho brilhante que contempla os interesses de longo prazo e fundamentais de todos os países, assegurando que o seu Governo está disposto a aprofundar a cooperação com a África na Indústria, Agricultura, Infra-estrutura, Comércio e Investimentos, bem como promover projectos exemplares de cooperação “Cinturão e Rota” de alta qualidade e formar juntos um modelo para a implementação da Iniciativa para o Desenvolvimento Global.

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