PROSTITUIÇÃO EM ALTA NO KIKAGIL: PROFISSÃO MAIS ANTIGA EXERCIDA PRINCIPALMENTE POR ESTRANGEIRAS
Prostituição e venda de drogas pesadas são apontadas como algumas das práticas mais comuns dos que buscam ambientes na conhecida Rua do Kikagil, ao bairro Morro Bento, Município da Maianga.
A profissão mais antiga do mundo naquela circunscrição de Luanda é exercida por cidadãs zambianas, congolesas e nacionais, cujos preços variam de 50 aos 100 mil kwanzas, sendo que, as angolanas são as que menos pedem.
As nossas interlocutoras dizem que têm clientes de todos extractos sociais, desde artistas até políticos.
“Rápido é quinze mil e uma noite é cem mil kwanzas. Atendemos todo tipo, chinês, congolês, angolanos, desde trabalhadores comuns até governadores e ministros”, dizem.
Contudo, os moradores falam da onda de violência na zona e pedem mais policiamento para oferecer segurança naquela circunscrição, sobretudo aos fins-de-semana.
“Aos fins-de-semana é sempre muito movimentado. Muita confusão. Fora das bebidas alcoólicas, vendem muito estupefacientes, liamba. Aqui a prostituição é notória. Aqui no Kikagil é onde tudo acontece. Antigamente já foi um sítio que a estrada toda era esburacada, mas ainda assim as pessoas vinham para cá”, disse uma frequentadora da rua.
Entretanto, o sociólogo João Sassando desaconselha tais práticas “porque o crime não compensa”.
“É preciso alertar a juventude que a prostituição e outras práticas consideras como comportamentos desviantes são desaconselhadas em tais lugares. Normalmente são espaços de violência onde depois um ou outro jovem pode perder a sua vida ou sair daí com alguma deficiência irreversível e comprometer todo o seu futuro”, aconselhou.
O académico alerta que o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis está muito caro, pelo que adverte os que se dedicam a profissão mais antiga no mundo “prostituição” e, deixa uma mensagem a jovens estrangeiras, que têm a prostituição como o seu ganha pão.
“Dali pode vir uma doença sexualmente transmissível, um VIH/Sida, e sabemos que suportar essas doenças é muito caro. Com as dificuldades financeiras se torna muito difícil. Um comportamento socialmente aceitável é o que recomendamos para a nossa juventude”, disse.