O FACTOR PRIMEIRA-DAMA CANDIDATA A PRESIDÊNCIA DO MPLA – RAÚL DINIZ

Ana Dias colocou a primeira pedra para sua caminhada rumo a cidade alta com choro da coruja, a senhora conseguiu distrair os incautos, que se encontravam já adormecidos no sono do tempo. A choradeira em público da primeira-dama teria como fundamento inicial o lançamento da sua candidatura a presidência do MPLA!

No meu entender, a primeira-dama entendeu no seu pronunciamento arrastar justiça para o fosso da perdição. Ana Dias Lourenço, não esteve com meias palavras quando discursou na festa que ela mesma realizou para si.

Ao executar o conhecido choro conhecido como canto da sereia. Aliás, a ela, enquanto primeira-dama, é-lhe exigido um comportamento recatado, reservado até aqui as esposas dos presidentes.

É preciso entender-se que os angolanos não elegeram uma primeira-dama para governar nem para pressionar ilegalmente o judiciário. Ser mulher de ditador não significa ser igualmente poderosa nas questões do estado republicana exigido.

O modus operandi autoritário, não faz bem ao país. A maneira como se dirigiu aos operadores da justiça, foi um tremendo soco bem aplicado no estomago da classe do poder judicial.

Todos que ouviram o idílico discurso sentiram-se humilhados, alguns decretaram ali mesmo o descarrilhar da primeira dama, dizem as más línguas deslavadas, que a senhora teria ido longe demais, outros afirmaram, que no lugar onde ela discursou estava repleto de mulheres elitistas e aburguesadas.

Já o povo, o recetor directo da encenação teatral a lá Ana Lourenço, continuam sem nada entender nada do que ela disse e continuam a levar a vida simples de meros espectadores.

Enfim, a primeira dama república, mostrou que a justiça angolana está aí para dançar conforme a música tocada na cidade alta.

Essa gente do MPLA pensa que somos todos uns patéticos idiotas uteis. Eles podem enganar muita gente por muito tempo, mas, não conseguem enganar a todos o tempo todo. Esse tipo de choro não sensibilizou nem mobilizou o povo de si já, demasiado ressabiado.

O país está atento e acompanha atentamente de perto, as manobras dilatórias da cidade alta, que têm como principal prioridade, transformar a primeira dama em presidente do MPLA e sem esforço roubar as eleições em 2027! Debalde.

Esse gesto calculado, mostra que, o casal está preparado e vai lutar para agarrar-se ao poder e mantê-lo a qualquer preço em suas mãos.

Aqueles que pensavam que, a primeira dama, seria uma pessoa integra sem macula, preparem-se, pois, vai começar a chover muita verdade e muita tinta vai correr debaixo da ponte arqueada da cidade alta.

Ana Dias, sempre se comportou como uma pessoa autoritária, em toda sua vida de adulta foi sempre intolerante num grau mais elevado que a do marido presidente. Tem-se escutado isso de todo lado.

A verdade falará bem alto sobre a dra Ana Dias, desta vez sem filtro algum.

Na certa, muita gente ficará atônitos, outros admirados e até mesmo desencantados, é a vida em andamento na reta final de muitos de nós.

Numa primeira análise, poder-se-ia entender, que se trata de uma legítima aspiração da primeira dama desejar candidatar-se ao cargo de presidente do MPLA, aproveitar-se do momento para se tornar presidente da república.

Porém, acredita-se que, na origem dessa movimentada estratégia de transformar a primeira dama em presidente da república, está escondido o gato com o rabo de fora, trata-se do medo do day after após deixar o poder.

Daí, a necessidade premente de apresentar Ana Dias, em tempo (in)útil, como candidata única a presidência do MPLA em 2026. Numa vertiginosa avaliação pessoal de risco, acredito que Ana Dias substituirá João Lourenço na presidência do MPLA no congresso extraordinário em dezembro do ano em curso.

Pensam os estrategas ao serviço da família Lourenço, que a praga do medo não se afastará fácil das hostes celestiais da cidade alta.

Por outro lado, as políticas desenvolvimentistas criada para transformar a economia centralizada, controlada pelo estado, em economia diversificada, não tem tido sucesso, devido a introdução ilegal no comando da equipa económica da economista Ana Dias. Na verdade, a doutora Ana Dias, é a primeira-ministra do governo sombra de regime.

A necessidade de Angola, ascender para os parâmetros de economia de mercado, durante os mandatos do ex presidente José Eduardo dos Santos, devesse a incompetência de Ana Dias enquanto ministra do plano.

A economista gosta, sempre gostou do poder pelo poder, para ela, o resto é o resto!

Em outra vertente, nota-se que o ruido se amplia cada vez mais, e vozes começam a reclamar sem medo no interior da base do partido.

Militantes querem perceber, se apenas na família Lourenço, há militantes competentes e honestas para governar o MPLA e o país!

Fica claro, que a família Lourenço, está a ludibriar abusivamente a paciente militância e dos angolanos em geral. Por sinal, o cidadão já vem pedindo a João Lourenço que abandone o poder, e por isso demonstram diariamente nas redes socias, nas praças e ruas do país, o seu descontentamento para com a família presidencial.

É bom que entendam rápido, Angola vai ter que mudar de vida, são quase cinquenta anos seguidos de MPLA no poder, já chega de MPLA.

A pretensão do presidente João Lourenço, desejar que a sua substituição na presidência do MPLA e eventualmente na presidência da república, pela sua mulher, demonstra total fascínio e apego pelo poder!

A estratégia definida pelo casal para se manter no poder, poderá descambar numa horripilante implosão social inimaginável. isso ignificado dizer que, o MPLA pôde estar a esticar demasiado a corda, que de tão esticada poderá a corda partir e levar o partido a ter um fim idêntico ao que a FNLA tem hoje, isso seria o fim de linha, a caminho da queda final do MPLA.

Por menor que seja o ruido criado com a eventual candidatura de Ana Dias, poderá representa uma perigosa explosão de revolta popular incontrolável.

Do ponto de vista de estabilidade, não é recomendável continuar com esse tipo de jogada suicida.

Sobretudo numa altura em que o MPLA e o seu presidente não gozam de saúde política.

Caso o MPLA e o seu truculento presidente, prossigam com a estratégia aventureira de minar a união do MPLA, o partido poderá eventualmente afastar-se da sua habitual rota orbital e sem rumo controlável, possa terminar numa implosão interna violenta.

Só um presidente incompetente e sem sensibilidade alguma, colocaria em perigo a sorte do seu partido e do povo que diz servir.

É reconhecível a olhos nus, que o presidente está enfraquecido e caminha sem rumo em direção a nada. Ele não confia nos seus confrades mais notáveis do escalão mais alto do partidário. É precisamente esse medo, que o leva a lutar até o limite de suas forças, para manter-se no poder, nem que opara isso tenha a previsível candidatura da sua esposa.

Cabe por isso, a todo cidadão progressista lutar, fazer o nosso jogo, seguir sempre na direção contraria aquela que o casal Lourenço segue, para que a alternância do poder política seja uma realidade.

Essa gente ingrata estão a transformar o MPLA numa fazenda improdutiva, gerida por segmentos arrivistas, disseminadores de epopeicos cenários irrealistas disfuncionais. Em suma, o país está a entrar forte num processo de hibernação profunda.

É estranho e ao mesmo tempo vergonhoso, assistir-se impávidos, a dinâmica das secretas e dos Mídias, controlados pelo MPLA, a ostracizarem fortemente país social e a conduzi-lo velozmente em direção ao vale da sombra da morte.

Não é aceitável que, apenas um casal, se predisponha em aprisionar todo cidadão, para alterar as regras de convivência civilizacional.

O estranho de tudo, é verificar-se um ensurdecedor silencio lancinante no seio dos putativos candidatos a cadeira mais alta do Kremlin. Ninguém diz nada, ninguém faz nada.

Está na hora de se levantar as vozes e gritar bem alto que chega, vão-se embora, isso assim não pôde ser.

A que que imputar responsabilidades em nós mesmos no sentido de ajudar o país a mudar o rumo que segue. É responsabilidade nossa travar esse casal aventureiro, a quem o meu camarada Pacas Mendes de Carvalho, apelidou de mixeiro.

A envergadura dos abusos, são de tal maneira vigorosos, que atingem fortemente a consciência da nossa angolanidade adiada.

Fica claro, caso a bicefalia seja ativada e atualizada, a escolha de João Lourenço, para o substituí-lo na presidência da república, repousa sobre os ombros da sua mulher.

Por outro lado, os autores dessa corrente politiqueira, não se aperceberam, que o MPLA foi transformado em propriedade privada do casal Lourenço.

Isso restringe profundamente os fundamentos socias que levaram a sua criação, prejudica o seu funcionamento normal, além de impedi-lo de se democratizar internamente.

É importante não esquecer que em 2027, encontraremos um país social deferente a aquele que conhecemos em 2022.

O eleitor será desta vez mais exigente ao escolher aqueles que os vão representar, é preciso aprender rápido a lidar com essa nova realidade de jovens conscientes dos seus direitos e deveres.

Como diz a minha filha política, com João Lourenço ou com a Dra. Ana Dias, na corrida a presidência da república, o desejado terceiro mandato de João Lourenço se realiza. Uma incontornável verdade chata, diga-se!.

Porém, a família Lourenço, não se esqueça que violar a lei é o mesmo que ferir mortalmente a constituição. O inverso do convexo poderá retornar como castigo celeste.

Aos aventureiro dessa epopeia aventureira saibam, que não é lá muito inteligente subestimar o povo com esse tipo expertise mirabolante de substituir João Lourenço pela primeira dama, isso não faz grande diferença.

Existem outras condições objetivas de escolher pela via democrática outros candidatos ilegíveis, com menores falhas comportamentais.

Na verdade, eles acabam por enganar apenas a eles mesmo, tarde ou cedo, eles acabaram por escorregar no seus próprio vomito.

A equipe propagandista da primeira dama vai perceber rápido, que colocar Ana Dias como candidata, é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. Não será um parto fácil transformar o presidente João Lourenço, em primeiro (garçon) cavalheiro da república!

É preciso perceber que João Lourenço, não é José Eduardo dos Santos, JES, é um protótipo único, criado a imagem e semelhança do Altíssimo.

Quero dizer, que JES conseguia quase tudo com elevada leveza, ou seja, com execução perfeita, sem ruídos desnecessários, além de na altura ter o domínio perfeito da pesada máquina do aparelho de estado.

Não é admissível, que um benguelense, nascido no Lobito, chegado a Luanda, proveniente da unidade militar da Catumbela, decida unilateralmente dividir em duas províncias a capital do país, só para fugir das autárquicas!

Nem mesmo o dr Agostinho Neto, ao criar a província do Bengo, se atreveu a chegar tão longe! Nós, os que chegamos a Luanda vindos do interior, fomos acolhidos com satisfação e carinho pelos caluandas, eles fizeram-nos cidadãos dessa parcela do território nacional.

Como aceitar agora que, gente parecida connosco, provenientes também do interior do país, queiram agora dividir a capital do país, em duas províncias! Isso é mesmo viável! Não quero acordar se estiver a sonhar. Isso não pôde estar a acontecer!

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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