GOLPES CONSTITUCIONAIS: PRESIDENTE DA UNITA DIZ QUE RESULTADOS ELEITORAIS DA VENEZUELA E DE ANGOLA É UMA SEMELHANÇA

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, declarou que os regimes que utilizam golpes constitucionais para se manterem no poder, usando a “Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional partidários” estão muito mais expostos.

FRANCISCO MWANA ÚTA

“Posso dizer que hoje os regimes que utilizam golpes constitucionais para se manterem no poder, usando a CNE e o Tribunal Constitucional partidários estão muito mais expostos”, escreveu esta terça-feira, 30, o líder da UNITA na sua página de facebbook reagindo os resultados eleitorais na Venezuela.

“Na Venezuela tal como em Angola, a CNE partidária declarou vitória do partido que suporta o regime por 51, 2% e ao candidato na oposição, Edmundo González 44,2%! Quanta semelhança”, acrescentou Adalberto Costa Júnior, frisando que a sua organização política abraçou como uma das suas causas a denúncia dos golpes constitucionais.

Para o líder da UNITA “lá como cá, o regime proibiu a presença de observadores independentes e tal como fez o regime angolano negou a observação da União Europeia, notando-se a condenação internacional é generalizada”.

Na sua opinião, a direcção da UNITA, levou a debate destes golpes ao Parlamento Pan Africano e à União Africana, ao Parlamento Europeu, ao Congresso, ao Senado, à administração americana e às múltiplas conferências a que tem participado, partilhando os métodos utilizados e as múltiplas violações ao direito e à transparência.

“Estou seguro que os golpes constitucionais acabarão por resultar em sanções contra os regimes que as pratiquem”, prometeu ao concluir.

Refira-se que nas eleições de 2022 o MPLA venceu com 51,07%, seguido da UNITA com 44,05% dos votos.

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