O responsável da empresa MOTA-ENGIL Valdomiro Minoru Dondo considerou infundada, nesta segunda-feira, 22, ao Correio da Manhã, as acusações sobre o seu envolvimento no esquema de aproximar a Presidência da República e à sua empresa, em troca de 20% das acções da mesma, e as acusações sobre escândalos de lavagem de dinheiro, corrupção e branqueamento de capitais.

REDACÇÃO CORREIO DA MANHÃ

Valdomiro Minoru Dondo Director Geral da empresa VMD, ouvido em contraditório pelo Correio da Manhã, disse não ter nenhum contacto com a Presidência de Angola, uma vez que não faz parte do conselho de Direcção da MOTA-ENGIL, avançando que faz parte apenas da Assembleia Geral da instituição e por isso não tem como saber de questões de fórum administrativo.

“Tudo que conseguimos, até hoje, foi por mérito e não favoritismo, em função do nosso nome nós devíamos ter muitos contratos, em mão, mas não temos.’’ Disse

Sobre as informações segundo o qual Valdomiro Minoru Dondo encontra-se em Angola há mais de 40 anos, disse serem falsas, e esclareceu ser sócio na MOTA-ENGIL que terá conseguido tal proeza fruto da compra de acções do MILLENNIUM ATLÂNTICO, entretanto, tem agora cerca de 29% das acções, porém, diz não entender as reais motivações destas informações.

‘’Em toda empresa onde entro vou sempre como investidor, não participo na gestão das mesmas’’, aclarou.

O entrevistado, fez saber ainda que é proprietário de vários bens, como o Banco Comercial do Huambo, Banco de investimento Rural (BIR) e Comité Miss Angola, que terá adquirido a ex-primeira dama da República Ana Paula Dos Santos.

De acordo com Minoru, as dificuldades que têm enfrentado passam pela limitação de disponibilidade de divisas e elevadas taxas de juros mundialmente. E almeja que Angola saia da crise financeira em que está mergulhada.