MEA FAZ BALANÇO NEGATIVO DO ANO LECTIVO 2023-2024 POR PELA INSUFICIÊNCIA DE VAGAS NAS ESCOLAS

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), faz balanço negativo do recente ano-lectivo 2023/2024, por entender que houve um número elevado de pessoas que ficaram fora do sistema normal de ensino por insuficiência de vagas, a afirmação foi feita em conferência de imprensa, está quarta-feira 17, em Luanda.

ANGELINO CAHANGO

Francisco Teixeira, presidente do movimento estudantil, fez saber que, a insuficiência de vagas, falta de escolas em algumas zonas, subida do preço dos transportes público, carência de professores, entre outros aspectos estiveram igualmente na base do insucesso académico no recém-terminado ano lectivo.

“Constatamos também, carência de professores que culminou com o não cumprimento da classificação em algumas disciplinas, a falta de laboratórios, bibliotecas e merenda escolar são factores importantes, que condicionam o bom aproveitamento do estudante e o interesse nas Escolas”Disse.

Outro sim, o MEA disse que tomou conhecimento com bastante preocupação, da anulação de novas matrículas para o Ensino Superior, na maior parte das faculdades de medicina e Institutos Superiores de Saúde, e acredita que o poder político não tem vontade em resolver o assunto que disse não ser de hoje.

” Uma medida semelhante à que se viveu em 1993 quando foram encerradas as faculdades de medicina devido á falta de condições. E em seguida o governo reabriu 4 mais tarde, com as mesmas condições que foram encerradas. Facto para dizer que o poder político não tinha interesse em criar condições e não criou até os dias hoje”, frisou Francisco Teixeira.

O Movimento que defende as causas dos Estudantes relembra que a antecessora Ministra do Ensino Superior, Ana Bragança, aquando decana da Universidade Catiavala Buila, a instituição tinha apenas 2 salas de aulas, e que lá formaram-se médicos, “não obstante a falta de condições, médicos estes que hoje desempenham papel importante no sector da saúde em Angola”, disse.

 O MEA exorta o não encerramento das Faculdades e diz que o dinheiro que se gasta na construção de grandes hospitais, onde, no seu entender, não tem quadros para trabalhar, pode, e muito bem, apetrechar todas as faculdades, pagar professores e melhorar as condições de ensino.

No final da dissertação, Francisco Teixeira questiona “o porquê da Universidade Jean Piaget continuar, se os professores que lá leccionam, na sua maioria, são da Faculdade de Medicina e Ciências da Saúde da Faculdade Agostinho Neto? O Instituto Superior de Guerra das Forças Armadas vai continuar a formar em que condições, se são absolutamente as mesmas em relação há cinco seis anos? Quais são as condições que a UPRA tem para formar se nem se quer tem um Hospital ou uma clínica? Rematou.

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