PCE DA EFCU-EP, ENG. QUÍMICO ARTUR LUÍS TOMBIAS ACUSADO DE AMEAÇAR JORNALISTA ELIAS MUHONG

Após publicar em 27 de junho de 2024 uma matéria no portal Club-K sobre denúncias feitas pelo colectivo de trabalhadores da Empresa Fabril de Calçados e Uniformes (EFCU-EP), pertencente ao Ministério da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, relatando atrasos salariais nos meses de março, abril, maio e junho, além de más condições de trabalho, o jornalista Elias Muhongo tem sido alvo de ameaças e intimidações.

Desde então, Elias Muhongo, jornalista responsável pela matéria, afirma ter recebido ameaças e mensagens intimidatórias. Segundo Muhongo, essas comunicações partiram de um alugado “advogado pessoal” do Presidente do Conselho Executivo da EFCU-EP, Eng. Químico Artur Augusto Luís Tombias.

No dia 1º de julho, Muhongo relatou ter recebido múltiplas mensagens do colectivo de trabalhadores da empresa, reiterando as falhas nas promessas de pagamento dos salários até o final de junho. No mesmo dia, às 16h35, ele foi contactado por Vidal Correia Nunes, suposto advogado pessoal, via WhatsApp, que o convidou para um encontro. Muhongo, por estar ocupado no momento, adiou o encontro.

Após retomar contacto com Nunes, Muhongo gravou a conversa como precaução, mencionando ter sido iniciada com perguntas por parte de Nunes. Muhongo enfatizou que, como jornalista com 15 anos de experiência, incluindo passagens por veículos como Rádio Bengo, Folha 8, TV 8 e actualmente o Club-K, não cometeu chantagem jornalística, como sugerido por Nunes.

 Em resposta às acusações, Muhongo citou a Lei 5/17 de 23 de Janeiro, que regula o Estatuto do Jornalista em Angola, destacando a importância do direito ao contraditório e à liberdade de imprensa. Ele afirmou que as tentativas de obter respostas da empresa foram realizadas de acordo com as normas profissionais, buscando sempre a transparência na gestão pública.

 Ao longo das interacções subsequentes, Nunes continuou a pressionar Muhongo, alegando violações legais e éticas, enquanto Muhongo reiterava seu papel como jornalista investigativo comprometido com a transparência e a responsabilidade pública dos gestores.

 Diante das ameaças recebidas, Muhongo expressou a intenção de envolver a Ordem dos Advogados de Angola e o advogado Hélder Chihuto para proteger seus direitos e responsabilizar legalmente aqueles que tentam intimidar jornalistas no exercício de suas funções.

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