FIGURAS IMPORTANTES DA UNITA AUSENTES NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SAMAKUVA SOBRE A FUNDAÇÃO JONAS MALHEIRO SAVIMBI
O ex-presidente da UNITA, Isaías Samakuva, confrontou-se com poucas figuras de referência do partido, durante a conferência de imprensa que serviu para anunciar o lançamento oficial no mês de Agosto, da Fundação Jonas Malheiro Savimbi.
ANA MENDES
Durante a conferência, com excepção os filhos, sobrinhos e amigos, a única figura influente da UNITA que esteve presente, foi o ex-deputado, Manuel Saviemba.
Ex-presidente da UNITA, Isaías Samakuva, lamentou informações postas a circular em vários sectores, segundos as quais, por estar a frente da Funda Jonas Savimbi, pretende criar um partido político.
Logo após o anúncio da criação da Fundação Jonas Savimbi, multiplicaram-se nas redes sociais acusações entre os militantes do “Galo Negro” afectos a suposta ala do actual e antigo presidente.
O anúncio da criação da Fundação Jonas Savimbi divide opiniões dentro da UNITA em dois pólos. Apoiantes do actual líder do partido Adalberto Costa Júnior e de Isaías Samakuva acusam-se mutuamente.
“O surgimento desta fundação preocupa muita gente que espalham nuvens negras, com mentiras, alegando que Samakuva quer criar um partido político”, defendeu Isaías Samakuva.
Segundo Samakuva, tudo à volta da Fundação Jonas Malheiro Savimbi e do conhecimento da direcção da UNITA.
“Em 2021 escrevi ao presidente do partido, Adalberto Costa júnior, a informar de fui indicado pelos filhos do falecido para orientar os trabalhos da fundação”, justificou Isaías Samakuva.
“Depois da morte do líder da UNITA, a comissão de gestão liderado pelo companheiro Paulo Lukamba Gato em 2003, defendeu a criação da fundação. Na campanha eleitoral, o próprio presidente do partido, também defendeu a criação da fundação”, acrescentou Samakava frisando que todos os encontros que manteve na Cidade Alta com o Presidente da República sobre a fundação, fez um relatório para comunicar a direcção do partido.
De acordo com Samakuva, a sociedade civil, políticos e a população em geral, querem ver o funcionamento desta fundação, de uma figura “muito influente”, no processo da democratização em Angola.
Questionado sobre o seu distanciamento com o partido, respondeu ser necessário dar espaço da nova direcção para se afirmar.
“Quando deixei a presidência achei que depois de 19 anos tinha que repousar, para dar tempo a família”, referiu Samakuva salientando que neste momento está preparou alguma coisa escrita para os angolanos.
“Tenho estado no meu cantinho e continuo a fazer o meu trabalho”, acrescentou.