COORDENADOR NEGA FINS POLÍTICOS NA CRIAÇÃO DA FUNDAÇÃO JONAS SAVIMBI EM ANGOLA
O coordenador-geral da Fundação Jonas Malheiro Savimbi, Isaías Samakuva, disse hoje, em Luanda, que a instituição tem apenas fins filantrópicos, afastando especulações, como a de que estaria a criar um novo partido político.
Isaías Samakuva realizou hoje uma conferência de imprensa para esclarecer as motivações da criação desta fundação, que homenageia o líder fundador da União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), Jonas Savimbi, e promove os seus feitos.
Segundo o coordenador-geral, a criação da fundação levantou “dúvidas, sentimentos de ódio e até de repulsa, em certos casos, e noutros, (de) júbilo, encorajamento e até de expectativas”, detalhando todo o processo até à legalização da fundação, concretizada em maio com o reconhecimento oficial em Diário da República.
Considerou, por outro lado, que o próprio nome de Jonas Savimbi já suscista “várias especulações”.
“Nós recebemos mensagens de pessoas que perguntam: vocês estão a fazer o quê? Inclusive que Samakuva estava a criar um outro partido e outras coisas”, disse.
A fundação, que conta com doações da sociedade para desenvolver os seus projetos, espera tornar-se nos próximos anos numa instituição de utilidade pública.
O antigo líder da UNITA sublinhou que esta instituição tem com objetivo principal o apoio às pessoas com necessidades especiais e a preservação do acervo histórico sobre Jonas Malheiro Savimbi e sobre outros influentes “patriotas angolanos”.
Fazem parte do leque de ações da fundação, o apoio às pessoas com deficiências, à mulher rural, a participação no esforço de erradicação de minas antipessoal, a concessão de bolsas de estudos, contribuir para a melhoria das condições de vida das comunidades rurais, promover a criação de emprego das pessoas portadoras de deficiências, apoiar projetos de alfabetização, de saúde sexual e reprodutiva, de saneamento e conservação do ambiente, entre outras.
A criação da fundação, esclareceu Isaías Samakuva, foi sempre do conhecimento do partido e todos os passos do processo foram dados a conhecer ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, mas a lei estabelece que só os herdeiros podem criar uma fundação com o nome de uma pessoa.
Mas o sentimento de que “isto é tarefa do partido, existe”, reforçou.
O lançamento público da fundação está marcado para meados de agosto, disse, salientando que há ainda trabalhos administrativos por concluir, como a criação dos seus órgãos sociais.