NORA DA EMBAIXADORA RECEBE 9 MIL EUROS DE AJUDA DE CUSTOS

A embaixadora de Angola em Lisboa, Maria de Jesus dos Reis Ferreira, incluiu a sua nora na delegação que se deslocou a Luanda para os preparativos da deslocação da primeira visita a Angola do novo Primeiro-Ministro Português, Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves, agendada para o dia 23 de Julho. (a segunda visita oficial a um país africano desde que assumiu o cargo de primeiro ministro, a primeira foi a Cabo Verde).

Esta inclusão proporciona à nora portuguesa de Maria de Jesus Ferreira o recebimento de ajudas de custo no valor de 9 mil euros (equivalente a 600 euros por dia durante 15 dias em Luanda). A nora, Tânia Patrícia dos Santos Gonçalves de Carvalho, trabalha como secretária da sogra e aufere um salário mensal na casa dos 5 mil euros.

 “É a primeira vez que um chefe da missão diplomática nacional em viagem de serviço ao país inclui a sua secretária na delegação que deve ser composta apenas por diplomatas. Mas Maria de Jesus, amiga do casal presidencial, faz o que bem entende”, refere uma fonte próxima à embaixada ouvida pelo Club-K, revelando por outro lado que a conduta da Embaixadora é recorrente. Acusam-na de utilizar os recursos da instituição como “cofre pessoal”, inclusive para viagens internas em Portugal, nas quais sua nora também a acompanharia e receberia ajudas de custo.

De acordo com a mesma fonte, esta prática, descrita como inédita e irregular, provocou indignação entre funcionários da própria embaixada, que afirmam que a embaixadora está a utilizar recursos destinados ao funcionamento da missão diplomática para enriquecimento pessoal. Enquanto diplomatas enfrentam meses de salários atrasados, Maria de Jesus Ferreira é acusada de privilegiar a sua nora em viagens não oficiais pelo território português, aproveitando-se das generosas ajudas de custo destinadas a despesas oficiais.

Este caso, segundo a mesma fonte, serve como um alerta para a necessidade de maior controle e fiscalização do uso dos recursos públicos por parte dos representantes diplomáticos, a fim de garantir a transparência, a ética e o bom funcionamento das instituições.

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