O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) apresenta nesta quarta-feira, 22, no Largo das Escolas, em Luanda, o seu posicionamento sobre o aumento pelo Governo da tarifa dos transportes públicos, que passaram a cobrar 150 kwanzas, contra os 50 kz, praticados anteriormente.

Uma das classes sociais mais afectadas com a subida do preço do bilhete dos transportes públicos, são os estudantes, que de acordo com o Movimento dos Estudantes Angolanos, na sua maioria depende dos autocarros para ir à escola e regressar a casa.

A medida resultou após auscultação das associações de taxistas e cooperativas de táxis da província de Luanda, que permitiu ao Governo, através do Ministério dos Transportes, anunciar uma nova tabela de preços, sendo que a corrida de autocarro sobe de 50 para 150 e táxi de 150 para 200 kwanzas.

Com este aumento, a situação torna-se mais difícil para os alunos e estudantes, que antevêem momentos complicados para dar continuidade à formação em vários níveis.

Em nota de imprensa enviada a redacção, o Secretariado Nacional do Movimento de Estudantes Angolanos, que convida os órgãos de comunicação social, estudantes, pais e encarregados de educação e cidadãos em geral a participar do acto, adianta que a conferência de imprensa vai ser realizada sob lema: “minha carência não pode condicionar meus estudos, 150 kzs é muito para autocarro público”.

“Faremos a reflexão e mostraremos nossa posição quanto à subida do preço dos transportes, situação que condiciona os estudantes carentes”, lê-se no documento.

A conferência de imprensa visa igualmente a abertura de uma campanha de recolha de assinaturas, a serem entregues ao Presidente da República, João Lourenço, com a vista a revogação da medida.