MINISTRA LUÍSA GRILO ACUSADA DE FAZER OUVIDO DE MERCADOR SOBRE OS MAIS DE MIL PROFESSORES EVENTUAIS SEM SUBSÍDIO HÁ MAIS DE 10 ANOS

A Associação de Professores Eventuais e Brigadistas para o ensino e Educação na Huíla, acusam a Ministra da Educação Luísa Grilo de fazer ouvidos de mercador as solicitações de enquadramento dos mais de mil professores eventuais que leccionam há  mais de 10 anos sem subsídios, em cobertura a carência extrema de professores efectivos nas escolas públicas nas terras do Cristo Rei

ANNA COSTA

 Por falta de concursos Público no Ministério da Educação, numa altura em que muitas crianças estavam fora do sistema de ensino, o governo da província da Huila, recrutou alguns cidadãos nacionais com diversas formações de escolaridade de formas a mitigar o problema com a promessa de que quando houvesse concursos públicos no ministério da Educação, os mesmos seriam enquadrados directamente na função pública, porém mais de 10 anos se passaram e os voluntários continuam sem colocação e nem subsídios.

“É bastante preocupante a falta de humanismo e consideração por parte da sua excelência Ministra da Educação, Luísa Grilo, que apesar de ter conhecimento da real situação dos professores eventuais da Huíla que clamam por justiça, veda os seus olhos ante este problema”, disse.

De acordo com as fontes do Jornal Hora H, o recrutamento da maior parte de professores eventuais foi feito verbalmente pelas administrações locais do estado, isto é, administradores, directores municipais de escolas carentes de docente, em zonas recônditas, por sobas da região carente com o conhecimento das repartições da educação.

Eles dizem que a situação tem criado frustrações a muitos desses professores que enraizaram a sua esperança na promessa pública pelo desespero de ver a idade a avançar e por maior parte deles serem chefes de famílias e viverem em situação de “extrema vulnerabilidade”, o que os leva a questionarem “Como é possível o Ministério da Educação reconhecer e ratificar certificados dos educandos que passaram na mão do Professor Eventual e o mesmo ministério não reconhecer tal professor?” Não será isso falta de bom senso por parte do estado paro com os seus súbditos”? “ É justo desistir agora depois de muitos anos de docência”?

Actualmente, a província da Huíla controla cerca mil e 428 professores eventuais que estão distribuídos em diversas escolas públicas. Muitos ocupam cargos de relevo como directores de escolas, coordenadores de disciplinas, directores de turmas e têm participado, regularmente, nos seminários, assembleias-gerais das escolas, em reuniões pedagógicas, bem como, em actividades desportivas realizadas pelo Ministério da Educação.

As fontes sublinham que já formaram muitos alunos que hoje são funcionários públicos e outros espalhados em várias áreas da sociedade e, actualmente asseguraram mais cem alunos do ensino primário, ao II ciclo do ensino secundário, em várias localidades da Província.

De salientar que existem professores eventuais, de acordo com os mesmos, que começaram a exercer a função aquando jovem, mas devido à demora na inserção definitiva no aparelho do Estado, já estão com mais de 50 anos de idade, e sugerem que os mesmos devem ser enquadrados a segurança social ou trabalhar nas áreas administrativas para compensar o tempo perdido.

O Jornal Hora H, contactou a directora do Gabinete provincial da Educação na Huila, Paula Joaquim, que disse não estar autorizada a conceder entrevista sem, antes, solicitar a permissão do governador provincial, Nuno Mahapi Dala.

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