UÍGE: ANGOLANOS RESIDENTES NA DIÁSPORA ENCANTADOS COM O RETRATO DA “LAGOA DO FEITIÇO”

Uma delegação composta por 26 angolanos residentes na diáspora visitaram na manhã desta quarta-feira, dia 10, a “lagoa do feitiço” localizada na comuna de Aldeia Viçosa, município de Quitexe, no Uíge, no âmbito de um projecto organizado pelo Movimento Nacional Angola Real (MONAAR), que visa proporcionar uma oportunidade para a comunidade radicada no exterior, ver Angola no seu contexto real

ANNA COSTA

Segundo o Gabinete de Comunicação Social da administração Municipal de Dange Quitexe, a delegação composta por delegados provenientes da África do Sul, Namíbia, Espanha, Portugal, República Checa, Itália, Polónia, Alemanha e Suiça recebeu explicações detalhadas sobre o surgimento da lagoa naquela região.

Dionísia Fernandes António, administradora municipal do Dange Quitexe, manifestou durante a visita à disponibilidade do Executivo para colaboração com os investidores nos mais variados sectores, com vista acelerar o desenvolvimento da região.

De acordo com a fonte, no final da visita, os delegados mostraram total disponibilidade em ajudar a divulgar, na diáspora, as potencialidades turísticas da localidade no sentido de atrair investimentos estrangeiros, particularmente ao Município.

BREVE HISTÓRIA SOBRE A “LAGOA FEITIÇO”

A lagoa feitiço é um local turístico perto da aldeia de Dambi N’gola, comuna de Aldeia Viçosa, município de Quitexe, Província do Uíge, É um pequeno lago de que se dizem muitas e diferentes lendas acerca da sua criação.

Segundo histórias dos mais velhos, “no local onde hoje está a Lagoa do Feitiço existia um bairro, o Ngungo Indua, que submergiu em consequência de uma chuva miúda sobre a localidade. O fenómeno ocorreu há muitos séculos, antes mesmo da chegada dos portugueses ao Reino do Congo”.

A chuva, segundo contam, tinha sido prevista por um homem que tinha chegado à aldeia com muitas chagas no corpo e foi desprezado pelos aldeões. Foi acolhido por duas crianças e apenas a estas ele pediu que abandonassem a aldeia, pois ela ia desaparecer sob uma nuvem negra.”

O sítio é envolvido por um silêncio quase absoluto e a sua paisagem atractiva. O acesso é livre, mas é preciso observar determinados rituais.

Alguns contadores de histórias, dizem que as autoridades tradicionais despejam vinho, champanhe, maruvo e refrigerantes na água e pronunciam algumas palavras. “São dirigidas aos espíritos que habitam na lagoa”.

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