BOLSOS “FURADOS” DIFICULTA EMISSÃO DE CARTÕES DE MILITANTES DA UNITA EM FORMATO DIGITAL
A emissão de cartões de militantes em formado digital, uma deliberação do Comité Permanente da Comissão Política do principal partido da oposição a UNITA, está encontrar enormes dificuldades devido os elevados custos financeiros, disse nesta quinta-feira uma fonte do Jornal Hora H.
ESCRIVÃO JOSÉ
Os postos de emissão instalados nos comités provinciais, municipais e comunais em todo o País, estão a ter pouca afluência de militantes que têm de pagar os 3.000.00 Kwanzas e 2.500.00 Kwanzas por cartão.
“O processo está muito lento, face a vida que os angolanos estão atravessar neste momento da crise”, observou um membro do Comité Permanente da UNITA, que defende na redução do valor.
De acordo com a mesma fonte, até neste momento, apenas foram emitidos 4.888 cartões em formato digital em todo o País.
Segundo a decisão do partido, os militantes da UNITA nos centros urbanos vão pagar três mil Kwanzas por cartão em formato digital e os do interior com 2.500 Kwanzas.
De acordo com a deliberação, os militantes que não tiverem o valor monetário, pode doar um produto correspondente a três mil e 2.500.00 Kwanzas, para ter acesso ao cartão de membro em formato digital.
Segundo dados estatísticos não oficiais, a UNITA conta com mais de um milhão e meio de militantes. “Com a emissão destes cartões vamos certificar, o verdadeiro número de militantes que nossa organização controla”, disse, uma fonte da direcção do partido.
Refira-se que a emissão de cartões em formato digital, foram lançados no âmbito da data sobre a fundação oficial da UNITA que foi conduzida por Jonas Savimbi e Tony Fernandes em 13 de março de 1966, em Muangai , na província do Moxico.
Outros 200 delegados estavam presentes no evento de fundação do até então movimento guerrilheiro, dentre eles Miguel N,Zau Puna, Ernesto Mulato, Rúben Chitacumbi, José Liahuca, José Ndele , Jerónimo Wanga , Samuel Chiwale, Eduardo Jonatão Chingunji e Kafundanga Chigunji.
A UNITA lançou o seu primeiro ataque contra as autoridades coloniais portuguesas em 25 de Dezembro do mesmo ano, marcando a formação de seu braço armado, as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA).