UNITA DESTACA AUMENTO EXPRESSIVO DA POBREZA NOS 22 ANOS DE PAZ

No dia de celebração a Paz alcançada há 22 anos, que se assinala está quinta-feira, 04 de Abril, que colocou fim a quase três décadas de guerra no país, o maior partido na oposição Angolana (UNITA) considera crítica actual realidade do povo, por entender que nestes anos de paz, os cidadãos debatem-se com o aumento expressivo da pobreza e do índice de desemprego com ênfase no seio da juventude em idade activa, segundo uma Declaração Alusiva ao Dia da Paz e Reconciliação Nacional chegada ao Jornal Hora H.

ANGELINO CAHANGO

A UNITA refere que uma subida descontrolada de preços dos produtos da cesta básica e a perda do poder de compra do salário dos trabalhadores, tendo como consequência a fome que hoje atinge duramente todos os extractos sociais e causa o vergonhoso espectáculo do recurso de pessoas desfavorecidas aos contentores de lixo para mitigarem a fome.

De acordo com a Declaração do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, com a assinatura do Memorando de Entendimento Complementar do Luena abriam-se novas e melhores expectativas para os angolanos, em todos os domínios, contrastadas com a realidade vigente, no país que se consubstancia com a Estagnação do processo da consolidação e aprofundamento do Estado Democrático de Direito pela ausência da institucionalização do Poder Local Autárquico.

Segundo o Documento que o Jornal Hora H teve acesso, acrescenta que Crescentes indicadores de endémica e sistémica corrupção, nos Órgãos do aparelho do Estado, em alguns casos sob a forma de adjudicação directa de empreitadas a empresas de amigos e pessoas ligadas ao Poder Político.

Interferência e controlo dos órgãos judiciais pelo Poder Político e Partidarização, sequestro dos Órgãos Estatais de Comunicação Social.

A UNITA reafirma que cumpriu o que lhe competia no quadro dos Acordos de Paz e que transformou a UNITA completamente em partido político democrático, à luz do seu manifesto fundacional, da Constituição da República de Angola e da lei dos partidos políticos.

O Partido dos maninhos, reitera que continua a sua predisposição para o diálogo com o Governo para que este conclua a efectiva inserção social dos ex-combatentes bem como devolva o património material da UNITA, e abertura para dialogar com todos os parceiros sociais “para serem encontradas as melhores soluções para os mais relevantes problemas do país”.

Em mensagem central a UNITA faz uma retrospectiva da acção do partido até dia 4 de Abril,  sublinhando, que figura na história de Angola como o dia da Paz e Reconciliação Nacional, culminando um longo processo que teve como base os Acordos de Alvor, em Janeiro de 1975, de Bicesse, em 1991 e de Lusaka, em 1994.

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