FAMÍLIAS ANGOLANAS SOBREVIVEM DE “SÓCIAS” NOS MERCADOS DE PAÍS E LEMBRAM JES

Nos últimos tempos as famílias angolanas para conseguirem adquirir algum alimento em armazéns, são “obrigados” a unirem-se, entre duas ou mais pessoas e em partes iguais formarem o valor de cada produto para após as compras serem repartidos de forma equitativa, método a que se deu o nome de “sócia”, tudo porque cada dia que passa tem se notado um aumento exponencial dos preços nos mercados, formais e informais

ANGELINO CAHANGO

Numa ronda feita pelo Jornal Hora H, em alguns mercados da capital, constatou-se que os altos preços dos principais produtos da cesta basica nos diferentes mercados da capital Angolana, continuam a ganhar tonalidade, a título de exemplo, o saco de arroz de 25 kg até ao momento já se encontra a custar 25.500 kwanzas, o bidão de óleo alimentar de 20 litros está a 31 mil kwanzas, o saco de fuba de milho  a 19 mil, e a massa alimentar  a 7.700 Kwanzas.

‘’Nós nunca mais conseguimos comprar um saco de arroz, agora temos que fazer sócia, eu dou metade e outra pessoa que quiser também dá outra parte e dividimos ao meio, a vida está difícil, só a sócia do arroz cada uma já tem que dar 13 mil contando já com o que chamou e o que vai dividir’’ disseram os entrevistados ao Jornal Hora H.

Em decorrência da situação, os populares acusaram o presidente da República João Lourenço de ser o responsável pela subida dos preços e fazem comparações com o já falecido José Eduardo dos Santos.

‘’Se as coisas estão assim a culpa é do Presidente João Lourenço, no tempo do Zé Dú as coisas eram baratas, não estamos aguentar mais, por favor nos ajudem’’, clamou uma das senhoras.

 Outro, entendem que o resultado dos altos preços dos produtos básicos, como alimentos, remédios e combustível, têm subido constantemente, enquanto os salários não acompanham essa alta.

Muitas famílias têm enfrentado dificuldades acompanhado com a desvalorização da moeda nacional, o ´´KWANZA´´ face as outras moedas de referência como o Dólar e o Euro.

Segundo dados avançados recentemente pelo Jornal Expansão o preço de uma cesta básica no mercado informal custa nove vezes mais do que o salário mínimo nacional, de 32.181 Kz, segundo cálculos feitos por órgão de comunicação Social com base na cesta básica definida pela UNTA – União Nacional dos Sindicatos Angolanos.

Esta cesta básica é composta por dezasseis produtos, nomeadamente arroz, feijão, carne, trigo, leite, batata, sal, açúcar, massa alimentar, óleo alimentar, peixe, coxa de frango, fuba de bombó e de milho, tomate e cebola, e é definido para um consumo mensal de uma família de seis membros.

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