CASO KONDA MARTA: DANIEL NETO RESPONDE A SUPOSTAS ACUSAÇÕES DE LABORINHO
O Director da Sociedade Konda Marta, desmente as supostas acusações feitas pelo Ministro do Interior, Eugénio Laborinho, de ter recrutado camponesas vindas dos Kwanzas, província do Uíge e Município de Talatona, para se instalarem no Projecto de terras no Distrito Urbano do 11 de Novembro e mantê-las como a sua propriedade.
ANTÓNIO BINGA CUNGA
Segundo o empresário, as acusações não passam de mais um teatro montado pelo ministro do Interior, para tentar calar este que disse que sempre foi defensor da luta contra à corrupção efectuada pelo Chefe de Estado angolano, e alertou a João Lourenço a ter cuidado com os seus colaboradores, pois entende que têm fornecido “relatórios falsos” sobre a realidade dos camponeses que diariamente sofrem com a ocupação ilegal das suas terras por figuras que agem em nome do Estado e do Governo, para fins pessoais.
O também Tenente-coronel das Forças Armadas, disse ainda que sempre teve a iniciativa de ajudar os mais velhos embora tenha, até ao momento, as suas contas bancárias congeladas, devido a que entende ser ´´capricho´´ de dois Procuradores a quem ele não mencionou os nomes, que segundo Daniel Neto, também têm interesses nas terras.
Um dos camponeses que responde pelo nome de Mateus, que disse ser ex-soldado das FAAPLAS e UGP (Unidade da Guarda Presidencial), afirma que tal acusação é falsa e que apesar de apesar da função que exercia, pelo tempo que se vivia (fome) reservavam os para o cultivo das terras.
De acordo com ele ´´Daniel Neto teve sempre iniciativa de ajudar os mais velhos e idosos daquelas terras e afirma que todos residem em Luanda´´, concluiu.
Isabel Soares, camponesa, idosa de 70 anos de idade, entrevistada pelo Jornal Hora H disse que está nas terras da Konda Marta desde 1980 e abraçou o mesmo, na altura com 18 anos e que nunca tinha sido recrutada por ninguém.
Para ela, Daniel Neto é apenas um guia, orientador para os agricultores e que não teria sido ameaçado pela Justiça angolana antes pelo contrário protegido.