NO UÍGE: SOBAS DESCONTENTES COM DIVISÃO ADMINISTRATIVA

A divisão político-administrativa do país é tema do momento. Da satisfação de uns, a insatisfação de outros, eis a questão.

Depois dos esclarecimentos governamentais, dando como certo o surgimentos de mais cinco novas províncias e uma multiplicidade de municípios, eis que do Uíge, mais concretamente da comuna do Cuango, chegam-nos reclamações de quem acha que esta localidade deveria ser incluída no novo ordenamento para município como inicialmente se aventou.

Não foi assim que aconteceu, porém. Os mais de 33 mil habitantes foram apanhados em contramão e Cuango ‘lerpou’, portanto, não passou à categoria de municipalidade.

Assim, agastados com a situação, as autoridades tradicionais de Suà Itomba, capitaneadas pelo regedor Uidica Nzagi Tsungo ‘arrumaram as malas’ e decidiram vir a Luanda para questionar por que terão sido ‘ultrapassadas pela direita’, e referem-se a uma suposta inviabilização do processo de ascensão pelo rei Muana Uta Kabamba VII a quem também acusam de desvio de muito dinheiro que teria sido aloucado ainda na vigência do finando Presidente Eduardo dos Santos para obras de estradas na regedoria.

Istando por este jornal Kabamba VII ainda soltou algumas gargalhadas, já que, de acordo com o rei, Uidica Tsungo que veio recentemente da RDC (ver texto na página 3) nem sequer é autoridade da regedoria de Suà Itomba, como afirma.

Uidica Tsungo e pares estão na capital e pretendem subir ao mais Alto Mandatário do país para expressar a sua indignação, mas o rei Kabamba VII, ao que parece, está à vontade. De todos os modos esse assunto, que trouxemos nesta edição, promete outros desenvolvimentos, que certamente, vamos acompanhar.

De resto, também neste número, o leitor vai deparar-se com a polémica sobre agricultura familiar, já que enquanto uns dizem que vale a pena o Executivo insistir no apoio, mudando, apenas os paradigmas desse apoio, outros afirmam que o melhor é a aposta na agricultura empresarial, para aumentar a produtividade e a competitividade dos produtos ‘made in Angola’.

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