ADALBERTO DA COSTA JÚNIOR JUSTIFICA SAÍDA DA UNITA NA CIVICOP

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O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior considerou nesta quinta-feira, 21, em conferência de imprensa que nunca fizeram a política de ‘cadeira vazia’, fazendo alusão que abandonam a sua presença na Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos conflitos políticos (CIVICOP)

Justificou que a política de ‘cadeira vazia’ é contrária à postura da sua organização. “Nós temos estado nas instituições. Nós apelamos que o processo fosse colocado nos seus carris. Esgotamos os elementos do diálogo, da ética e da razão. Não aceitamos ser arrastados por este tipo de práticas”, disse o líder da UNITA, referindo que Angola precisa de uma comissão de reconciliação que não incite o ódio. “Precisamos uma comissão com credibilidade e que tenha reconhecimento de todos, que não é o caso”, defendeu Adalberto da Costa Júnior (ACJ), observando que a UNITA está a sair de forma definitiva para não mais regressar à CIVICOP.

“A UNITA decidiu cessar a sua presença na CIVICOP, JUSTIFICA RETIRADA missão por ser refém dos interesses espúrios do regime. Como temos observado em diversas eventos e situações ocorridas ultimamente, não servindo assim os fins que presidiram a sua criação”, acentuou ACJ, sublinhando que o abandono foi feito na sequência de uma audiência com o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos realizada pelos membros da UNITA naquele órgão em que foi solicitado ao representante do titular do Poder Executivo para que fizesse a recolocação nos carris a comissão por supostamente estar a desvirtuada.

“Passaram-se meses e tivemos a propaganda do ódio e o desvio dos objectivos. A CIVICOP não está ao serviço da reconciliação nem da identificação das ossadas.

As famílias que levaram a identificação das ossadas concluíram que elas não pertenciam aos seus ente queridos e isso é o maior descrédito para um Governo”, afirmou o ‘número un’ dos ‘Galo Negro’, apontando que o “Comité Permanente da UNITA entendeu que não deveríamos continuar a participar num órgão que se virou totalmente contra os angolanos e que está virado para a propaganda do ódio”.

ACJ avaliou também que de um tempo a esta parte já vinham verificar uma deriva nos objectivos, métodos e princípios pelos quais se deveriam guiar os trabalhos da CIVICOP.

“Em tempo oportuno, estes desvios foram denunciados pela UNITA, que solicitou, publicamente e também utilizou canais apropriados que a instituição retomasse o seu curso normal. Nos últimos dias voltamos a assistir, novamente a uma incessante operação de busca e profanação de sepulturas em territórios que estiveram sob a administração da UNITA no tempo da guerra civil, fora dos marcos e regras que devem reger o funcionamento da CIVICOP”, concluiu o político.

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